Entre nos nossos canais do Telegram e WhatsApp para notícias em primeira mão. A Fundação Humanitária para Gaza (GHF, na sigla em inglês), organização apoiada pelos Estados Unidos e por Israel para a distribuição de alimentos no enclave palestino, informou que neste sábado (7) não conseguiu abrir seus centros de distribuição devido a ameaças do grupo terrorista Hamas.
“Hamas é a razão pela qual centenas de milhares de palestinos famintos em Gaza não foram alimentados hoje. O grupo fez ameaças diretas contra as operações da GHF. Essas ameaças tornaram impossível continuar com a distribuição sem colocar em risco vidas inocentes”, afirmou a fundação em comunicado. Segundo a GHF, o grupo islamista estaria tentando dificultar o projeto para controlar o fluxo de ajuda humanitária no território.
Apesar das ameaças, a fundação afirmou: “A GHF não se deixará intimidar. Mantemos nosso compromisso com a entrega segura e independente da ajuda. Estamos adaptando ativamente nossas operações para superar essas ameaças e temos a firme intenção de retomar as distribuições sem demora.” O Exército de Israel relatou que, neste sábado, suas tropas abriram fogo em diversas ocasiões a menos de um quilômetro de um centro de distribuição localizado no bairro de Tel al-Sultan, na cidade de Rafah, após alguns palestinos saírem das rotas designadas para acessar os pontos de ajuda.
A fundação conta com o apoio tanto dos Estados Unidos quanto de Israel, que consideram esse sistema de distribuição a única forma de impedir que o Hamas se beneficie do fornecimento de alimentos. Na sexta-feira (6), as forças israelenses anunciaram que os moradores de Gaza só poderão se aproximar dos centros de distribuição entre 6h e 18h (horário local), alertando que circular fora desse intervalo representa risco à segurança.
Até o momento, segundo a GHF, cerca de 9 milhões de porções de comida já foram distribuídas no sul da Faixa de Gaza. A fundação ainda não conseguiu abrir centros no norte do enclave, onde vivem cerca de 1 milhão de pessoas, mas mantém planos de estabelecer pontos de distribuição naquela área futuramente. Paralelamente, o Hamas ameaçou Israel neste sábado após perceber que o Exército israelense estaria cercando o local onde está mantido o refém israelense Matan Zangauker. O grupo afirmou que, caso o jovem morra durante uma tentativa de resgate, a responsabilidade será das forças de ocupação.
Abu Obeida, porta-voz do braço armado do Hamas, declarou em seu canal no Telegram: “As forças de ocupação estão cercando o local onde está detido o prisioneiro sionista Matan Zangauker. Afirmamos categoricamente que o inimigo não conseguirá recuperá-lo com vida. Se este prisioneiro morrer durante o resgate, o Exército de ocupação será responsável.” Nos últimos dias, o Exército israelense ordenou novas evacuações no norte da Faixa de Gaza e localizou os corpos de vários reféns mortos no sul, enquanto intensifica a ofensiva militar na região.
Matan Zangauker é filho de Einav Zangauker, uma das familiares mais críticas ao primeiro-ministro Benjamin Netanyahu entre os parentes dos reféns sequestrados em 7 de outubro. Ela é uma das líderes do movimento que pede o fim da guerra em Gaza para viabilizar o retorno dos reféns. Matan está entre os cerca de 20 reféns que as autoridades israelenses acreditam ainda estarem vivos, dos 55 sequestrados durante os ataques do Hamas em outubro de 2023 e que permanecem em cativeiro na Faixa de Gaza.
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