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O Exército israelense anunciou neste domingo que sua força aérea realizou um ataque contra um avião iraniano de reabastecimento aéreo no aeroporto de Mashhad, no leste do Irã. Segundo o comunicado oficial das Forças de Defesa de Israel, essa foi a operação de maior alcance desde o início da ofensiva militar contra a República Islâmica.
O ataque ocorreu a cerca de 2.300 quilômetros de Israel, marcando o maior deslocamento em distância já realizado pelos militares israelenses desde que começaram os bombardeios na madrugada da última sexta-feira.
“As Forças Aéreas de Israel estão operando para estabelecer a superioridade aérea sobre o espaço aéreo iraniano”, informou a nota militar.
A ofensiva israelense contra o Irã teve início como resposta aos avanços no programa nuclear iraniano e à ameaça representada pela fabricação de mísseis balísticos pelo regime de Teerã. Desde sexta-feira, a aviação de Israel vem atacando infraestruturas militares, incluindo sistemas de defesa aérea, depósitos de mísseis balísticos e instalações nucleares, como as usinas de Natanz e Isfahã.
Além disso, os ataques têm como alvo altos comandos da Guarda Revolucionária Iraniana e cientistas envolvidos no programa nuclear. Fontes não oficiais indicam que os bombardeios já causaram mais de 180 mortes em todo o Irã, enquanto as autoridades confirmaram pelo menos 15 altos oficiais das Forças Armadas e nove cientistas nucleares mortos.
Paralelamente ao ataque ao aeroporto de Mashhad, a capital Teerã sofreu uma nova série de ataques israelenses neste domingo. De acordo com a agência estatal IRNA, cinco carros-bomba explodiram na cidade após os sistemas de defesa aérea repelirem ataques israelenses.
As explosões atingiram o quartel do Comando da Polícia da capital e diversas áreas residenciais. Mídias locais reportaram explosões nos bairros de Shahrak Gharb, Saadat Abad, Punak, Niavaran e na movimentada avenida Valiars, que atravessa a cidade.
A agência Tasnim noticiou que o quartel-general da polícia de Teerã foi atingido por um drone, causando “danos menores” ao prédio e ferindo “vários agentes”. Também houve relatos de ataque a um prédio residencial no bairro Shahid Chamran, com um número indeterminado de mortos.
O Ministério da Saúde iraniano afirmou que a maioria das vítimas e feridos são civis, principalmente mulheres e crianças, em áreas residenciais, mas não divulgou números exatos. Como precaução, o governo anunciou que manterá as estações de metrô abertas durante todo o dia para que sirvam como abrigos antiaéreos.
Do lado israelense, o país também sofre com a escalada dos confrontos. Os lançamentos de mísseis iranianos, que já somam sete ondas, provocaram 14 mortes, conforme dados do serviço nacional de emergências Magen David Adom. Ataques foram confirmados em Bat Yam, ao sul de Tel Aviv, e na região de Sefelá, a oeste de Jerusalém, deixando oito mortos e 150 feridos.
Em meio à tensão, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, expressou otimismo quanto a uma resolução pacífica. “Em breve haverá paz entre Israel e Irã”, afirmou Trump em sua rede social Truth Social, acrescentando que “muitas ligações e reuniões estão acontecendo agora”.
No entanto, as tensões diplomáticas continuam elevadas. O ministro das Relações Exteriores do Irã, Abás Araqchí, afirmou possuir “provas concretas” de que forças dos EUA deram apoio a Israel na ofensiva militar. Essas acusações dificultam as negociações sobre o programa nuclear iraniano, que vinham acontecendo desde 12 de abril entre Teerã e Washington. O Irã já rejeitou participar de uma reunião marcada para este domingo, em protesto contra os ataques israelenses.
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