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O corpo da publicitária Juliana Marins foi içado com sucesso na manhã desta quarta-feira (25) por equipes de resgate da Indonésia, após quatro dias de buscas em uma encosta de difícil acesso no Monte Rinjani, na ilha de Lombok. A informação foi confirmada pelo chefe da Agência Nacional de Busca e Resgate (Basarnas), Marechal do Ar TNI Muhammad Syafi’i.
Juliana, de 26 anos, foi encontrada morta na terça-feira (24), após cair de uma ribanceira durante uma trilha no vulcão. Ela ficou presa por cerca de 600 metros abaixo da trilha, sem acesso a água, comida ou abrigo, em uma área de salvamento considerada extremamente complexa.
Segundo Syafi’i, as más condições do tempo impediram o uso de helicópteros. Uma aeronave chegou a decolar para dar apoio à operação, mas teve de recuar por conta da neblina e dos ventos. Diante disso, o resgate foi realizado com o uso de cordas. “A distância entre o ponto superior e o local onde estava a vítima é de cerca de 600 metros, com vários pontos de ancoragem, o que torna o processo mais demorado. Neste momento, de acordo com informações do comandante de serviço em campo, a vítima já foi retirada até o ponto de apoio”, afirmou o chefe da missão em entrevista à emissora One News.
O corpo de Juliana foi levado ao posto de Sembalun e depois encaminhado ao Hospital da Polícia (RS Polri), onde ficará sob responsabilidade das autoridades locais e da família para os trâmites de repatriação.
A jovem, natural de Niterói (RJ), fazia um mochilão pela Ásia desde fevereiro e havia contratado um pacote turístico para subir o Monte Rinjani ao lado de um guia e outros turistas. A trilha começou no fim de semana, e Juliana caiu por volta das 6h da manhã do sábado (22), horário local — 19h de sexta (21) em Brasília.
Relatos indicam que, após escorregar, ela deslizou por cerca de 300 metros até um penhasco. Inicialmente, cogitou-se que tivesse recebido socorro, mas a família negou. Juliana ficou sem contato por quatro dias, até que foi localizada por um socorrista voluntário e confirmada sua morte.
Ao todo, 48 pessoas participaram da operação de resgate, que envolveu técnicas de salvamento vertical e a instalação de acampamentos em pontos estratégicos do desfiladeiro. “Fazer trilha no Monte Rinjani é um esporte de turismo extremo”, destacaram os socorristas nas redes sociais. “Quando acontecer um acidente, não culpe os resgatistas, a menos que você já tenha estado no lugar deles.”
O caso mobilizou grande atenção nas redes sociais e gerou comoção tanto no Brasil quanto na Indonésia. A confirmação da morte foi feita pela família na manhã de terça-feira.
