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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, enviou um recado direto ao grupo terrorista Hamas, afirmando que “não tolerará” nenhum atraso na implementação de seu plano para Gaza.
“Agradeço que Israel tenha interrompido temporariamente os bombardeios para dar a oportunidade de concretizar a liberação de reféns e o acordo de paz“, declarou Trump em sua rede social Truth.
Ele continuou: “Hamas deve agir com rapidez. Caso contrário, tudo se perderá. Não tolerarei atrasos, como muitos acreditam que ocorrerão, nem qualquer resultado em que Gaza volte a representar uma ameaça. Vamos fazer isso RÁPIDO! Todos receberão um tratamento justo!“.
O posicionamento de Trump acontece após a confirmação de que o enviado especial do presidente para o Oriente Médio, Steve Witkoff, viaja neste sábado (4) a Cairo, no Egito, liderando uma delegação que buscará avançar nas negociações sobre o plano de paz para Gaza antes de sua implementação, informou à agência EFE um funcionário da Casa Branca.
Witkoff participará, junto a negociadores israelenses e árabes, do diálogo indireto entre o governo de Israel e o Hamas, que na última sexta-feira aceitou liberar os reféns que mantém na Faixa de Gaza, conforme estabelecido na proposta de 20 pontos apresentada por Trump e já aprovada pelo primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu.
O enviado especial norte-americano deve chegar à capital egípcia na noite deste sábado, e o diálogo, previsto para domingo, promete ser tenso. Qatar e Egito atuam como mediadores entre Hamas e Israel, com o apoio dos Estados Unidos.
O Ministério das Relações Exteriores do Qatar afirmou na madrugada de sábado que Doha já iniciou os trabalhos de mediação “para continuar as discussões sobre o plano, com o objetivo de garantir um caminho para o fim da guerra”.
Steve Witkoff tem sido peça fundamental nos esforços de Washington para encerrar o conflito na Faixa de Gaza, iniciado há quase dois anos, após a invasão de territórios israelenses pelo Hamas em 7 de outubro de 2023.
O plano de 20 pontos, apresentado por Trump nesta segunda-feira na Casa Branca ao lado de Netanyahu, propõe o fim imediato da guerra, a libertação dos reféns mantidos pelo Hamas e a formação de um governo de transição para Gaza, supervisionado pelo presidente norte-americano e pelo ex-primeiro-ministro britânico Tony Blair.
A proposta também prevê a desmilitarização da Faixa de Gaza e a possibilidade de negociações futuras sobre um Estado palestino — ideia que, porém, foi descartada pelo primeiro-ministro israelense.