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O Ibovespa encerrou o pregão desta segunda-feira (6) em queda de 0,41%, aos 143.608 pontos, acompanhando o recuo do dólar, que caiu 0,49%, cotado a 5,309 reais. O dia foi marcado pela ligação entre os presidentes Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Donald Trump (Republicano), para tratar do chamado “tarifaço” sobre produtos brasileiros exportados aos Estados Unidos.
Entre as maiores altas do pregão, a Companhia Brasileira de Alumínio (CBAV3) se destacou com avanço de 8,52%, seguida pela Usiminas (USIM3), que subiu 3,85%. Já as maiores quedas ficaram com Ambipar (AMBP3), que despencou 35,71%, e Gafisa (GFSA3), com baixa de 9,51%.
Os grandes bancos também registraram perdas: Bradesco (BBDC4) caiu 0,94%, Itaú (ITUB4) recuou 0,99%, Banco do Brasil (BBAS3) perdeu 0,70% e Santander (SANB11) encerrou com baixa de 1,04%.
No cenário internacional, o dólar apresentou sua segunda queda consecutiva frente ao real, contrariando o movimento da moeda americana no exterior. O índice DXY, que compara o dólar a uma cesta de moedas globais, subiu 0,39%. No Brasil, a moeda oscilou entre 5,308 e 5,350 reais, fechando com compra a 5,310 reais e venda a 5,311 reais.
Segundo analistas, a conversa entre Lula e Trump pode sinalizar um cenário diplomático menos incerto. A revisão das tarifas comerciais tende a beneficiar empresas exportadoras, especialmente após o Mdic (Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços) divulgar que a balança comercial registrou o menor superávit em 10 anos. Em setembro, as exportações para os EUA caíram 20,3% em relação ao mesmo mês de 2024.
O secretário de Estado norte-americano, Marco Rubio, foi designado para negociar o tarifaço com o vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin (PSB), além dos ministros da Fazenda, Fernando Haddad, e das Relações Exteriores, Mauro Vieira. Durante a ligação, Lula pediu a Trump a retirada das tarifas comerciais e de sanções aplicadas a autoridades brasileiras, incluindo o ministro do STF Alexandre de Moraes, enquadrado na Lei Magnitsky.
Trump comentou nas redes sociais que a conversa foi “muito boa” e anunciou que pretende se reunir “em um futuro não muito distante” com o presidente brasileiro.