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O grupo terrorista Hamas informou nesta quarta-feira que entregou a Israel mais corpos de reféns que estavam sob seu controle, após ter liberado todos os prisioneiros vivos, cumprindo parcialmente o acordo de cessar-fogo mediado pelos Estados Unidos.
A organização extremista afirmou que devolveu “os corpos aos quais pôde ter acesso”, mas alertou que ainda existem restos de outros reféns que não foram localizados devido à destruição generalizada e às condições difíceis no terreno.
“O movimento de resistência cumpriu o que foi acordado e entregou todos os prisioneiros vivos sob sua custódia e os corpos aos quais pôde ter acesso”, declarou o braço militar do Hamas em comunicado.
“Quanto aos corpos restantes, será necessário um esforço significativo e equipamentos especiais para localizá-los e recuperá-los. Estamos fazendo grandes esforços para encerrar este processo”, acrescentou o grupo armado.
O acordo de cessar-fogo, baseado no plano de 20 pontos do presidente americano Donald Trump, estabelecia um prazo de 72 horas para que todos os reféns, vivos e mortos, fossem devolvidos a Israel após o início da trégua.
O prazo terminou no início da semana e, até quarta-feira, todos os 20 reféns israelenses vivos haviam sido liberados. No entanto, apenas quatro corpos foram entregues, e um deles não correspondia a um refém israelense, conforme confirmou o Exército de Israel. Espera-se que entre quatro e cinco restos adicionais sejam transferidos nas próximas horas.
Um convoy da Cruz Vermelha Internacional recolheu nesta quarta dois caixões com restos de reféns israelenses em Gaza, segundo o Exército de Israel. Os caixões foram entregues por representantes do Hamas na cidade de Gaza e levados às forças israelenses dentro do enclave, onde será realizada uma breve cerimônia conduzida por um rabino militar. Posteriormente, os restos serão encaminhados para identificação. Até o momento, o Hamas não revelou a identidade das pessoas cujos corpos foram entregues.
O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, enfatizou que seu governo não aceitará concessões quanto à recuperação de todos os corpos de reféns.
“Não faremos compromissos e não vamos parar nossos esforços até recuperar o último prisioneiro falecido, até o último”, afirmou. Israel considera a devolução de todas as vítimas um ponto fundamental do acordo e responsabiliza o Hamas por qualquer atraso.
O Exército israelense declarou que o Hamas deve cumprir integralmente o pacto e “fazer os esforços necessários para devolver os corpos dos prisioneiros”, posição também apoiada pelos Estados Unidos, que acompanham de perto o andamento do acordo.
A dificuldade do Hamas em acessar todos os restos foi atribuída pelo grupo e pela Cruz Vermelha aos danos estruturais graves em Gaza e à presença de áreas controladas pelo Exército israelense, que complicam as operações de busca.
A situação gerou frustração e indignação em Israel. As autoridades informaram à ONU que poderiam reduzir ou atrasar os envios de ajuda humanitária previstos para Gaza devido ao baixo número de corpos devolvidos. Enquanto isso, a trégua entre as partes se mantém, embora o clima permaneça tenso diante da possibilidade de retomada das hostilidades caso o acordo não seja cumprido integralmente.
O ex-presidente americano Donald Trump declarou nesta quarta que, caso o Hamas não respeite os termos acordados, consideraria permitir que Israel retomasse operações militares em Gaza.
“As coisas com o Hamas serão resolvidas em breve”, disse Trump em comunicado por telefone, acrescentando que “a liberação dos 20 reféns vivos era primordial”. O plano americano prevê, além do retorno de todos os prisioneiros, a desmilitarização do Hamas e uma eventual anistia para membros que depuserem as armas.
Os desafios para recuperar os corpos restantes continuam. O Hamas afirma que alguns restos estão em áreas de difícil acesso ou sob controle israelense, o que retarda as operações de busca e mantém a atenção internacional sobre o cumprimento dos compromissos.
Israel segue exigindo que o processo de devolução dos reféns seja finalizado sem atrasos, enquanto a Cruz Vermelha e mediadores internacionais monitoram o andamento das entregas.