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O Exército de Israel informou nesta terça-feira (21) que o Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV) entregou mais dois caixões contendo os corpos de reféns que estavam em Gaza. A devolução ocorre no âmbito do acordo de cessar-fogo firmado na semana passada.
De acordo com um comunicado do Exército israelense, com base em informações da Cruz Vermelha, os corpos foram entregues à custódia de uma força das Forças de Defesa de Israel (FDI) e do serviço de inteligência Shin Bet, que operavam dentro da Faixa de Gaza.
A declaração do gabinete do Primeiro-Ministro israelense confirmou: “Israel recebeu, através da Cruz Vermelha, os caixões de dois reféns que foram assassinados, que foram entregues a uma força das FDI (militares) e do Shin Bet dentro da Faixa de Gaza“. Os corpos seriam transferidos para Israel para o processo de identificação.
Até o momento, o grupo terrorista Hamas libertou 20 reféns com vida e entregou os restos mortais de 15 reféns mortos. O acordo de cessar-fogo prevê a devolução de um total de 28 corpos. As autoridades israelenses ainda aguardam os restos mortais de outros 13 reféns.
A entrega dos cadáveres, que deveria ter sido feita em conjunto após o acordo de paz, sofreu atrasos, gerando críticas do governo israelense. Israel manifestou que “não aceita nenhuma desculpa” sobre a demora.
O Hamas argumentou enfrentar dificuldades logísticas para localizar e retirar os corpos em meio à devastação causada pela ofensiva israelense sobre o território palestino, levada a cabo em resposta aos ataques de 7 de outubro de 2023, que mataram 1.221 pessoas, em sua maioria civis.
Jalil al Haya, chefe da delegação negociadora do Hamas, disse à rede Al Qahera News, ligada à inteligência egípcia, que o grupo e outras facções palestinas estão “decididos a cumprir” o acordo e entregar a Israel “todos os cadáveres” dos reféns ainda na Faixa de Gaza, apesar de enfatizar os problemas de logística.
“Estamos decididos a implementar o acordo até o final“, declarou Al Haya, sublinhando que a organização não busca reter os corpos dos reféns que morreram nos túneis onde operavam os terroristas. Ele afirmou que a devolução é um gesto pelo qual esperam que, da mesma forma, os cadáveres de combatentes palestinos sejam retornados às suas famílias.
O Hamas, que controla Gaza desde 2007 e conta com o apoio do Irã, já havia solicitado dias atrás “tempo adicional para a localização dos corpos entre os escombros”, alertando que a restituição dos restos “poderia levar algum tempo“. O pacto que rege essa troca foi ratificado em 10 de outubro, em Sharm el Sheij, no Egito.