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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou nesta segunda-feira (21) que a Ucrânia ainda pode “vencer” a guerra contra a Rússia, poucas horas após vir à tona que ele teria alertado o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, de que Moscou destruiria o país caso Kiev não aceitasse suas condições.
“Eles ainda podem vencer. Não acho que isso vá acontecer, mas podem vencer. Nunca disse que venceriam, disse que podem vencer. Pode acontecer qualquer coisa. Vocês sabem que a guerra é algo muito estranho. Acontecem muitas coisas ruins”, declarou Trump na Casa Branca, ao ser questionado sobre suas declarações recentes, quando havia dito que Kiev estava em posição de causar grandes danos a Moscou.
Trump também afirmou ter “resolvido oito guerras em oito meses” e que agora resta apenas o conflito entre Rússia e Ucrânia.
“Não está nada mal. Falta só mais uma. É a da Rússia e Ucrânia, e acho que vamos conseguir. Mas tem sido algo desagradável, porque são dois líderes que realmente se odeiam”, afirmou o republicano durante um encontro com o primeiro-ministro australiano, Anthony Albanese.
As declarações foram feitas após o jornal britânico Financial Times divulgar que o encontro entre Trump e Zelensky, realizado na última sexta-feira, foi “extremamente tenso” e terminou sem acordo sobre a transferência de mísseis Tomahawk para a Ucrânia.
Segundo o veículo, Trump teria dito a Zelensky que ele “estava perdendo a guerra e precisava aceitar um acordo, ou se arriscaria à destruição”. Fontes ouvidas pelo jornal afirmaram ainda que os dois líderes tiveram uma troca de gritos e que o presidente norte-americano “usou palavrões constantemente” durante a reunião.
De acordo com essas fontes, Trump chegou a empurrar com impaciência os mapas do front ucraniano, pediu que Zelensky cedesse toda a região de Donbass ao presidente russo, Vladimir Putin, e mencionou argumentos apresentados pelo líder do Kremlin em uma ligação telefônica feita no dia anterior.
O republicano, que vem tentando aproximar Moscou e Kiev para encerrar o conflito, defendeu recentemente que a fronteira entre os dois países seja estabelecida na linha atual do front de guerra.
Durante sua fala desta segunda-feira, Trump também destacou o alto custo humano da guerra:
“A maioria das pessoas que morrem são soldados — entre 5 mil e 7 mil por semana. É inacreditável. É um banho de sangue. O pior desde a Segunda Guerra Mundial.”
O presidente ainda afirmou que o conflito “não afeta diretamente os Estados Unidos”, dizendo que “a OTAN paga pelas armas” usadas pelos ucranianos.
No mesmo encontro com Albanese, Trump comentou também as relações com a China, afirmando que a “relação comercial muito boa” entre Washington e Pequim deve evitar tensões em torno de Taiwan ou da Austrália.
“Acho que vamos nos dar muito bem em relação a Taiwan. Isso não quer dizer que não seja o ‘xodó’ deles, porque provavelmente é, mas não acho que vá acontecer nada. Temos uma ótima relação comercial”, disse.
Trump concluiu afirmando que espera um “acordo comercial muito forte” com o presidente chinês Xi Jinping, durante um encontro previsto para ocorrer na Coreia do Sul.
(Com informações das agências EFE e Europa Press)