Entre nos nossos canais do Telegram e WhatsApp para notícias em primeira mão. Telegram: [link do Telegram]
WhatsApp: [link do WhatsApp]
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, confirmou neste sábado (25), antes de embarcar para a Malásia, que se reunirá com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva durante sua viagem pela Ásia. O encontro deve acontecer neste domingo (26), em Kuala Lumpur.
Trump afirmou que pode reduzir as tarifas de até 50% aplicadas aos produtos brasileiros, desde que determinadas condições sejam atendidas. Essa é a primeira vez que o republicano admite fazer uma concessão ao Brasil, ainda que de forma condicionada.
“Eu acredito que vamos nos encontrar de novo, nos encontramos na [Assembleia Geral das] Nações Unidas, brevemente”, declarou Trump, em áudio divulgado pela Casa Branca. Questionado por jornalistas sobre uma possível redução das tarifas, o presidente respondeu que a decisão dependerá das negociações com o governo brasileiro.
“Sim, sob as circunstâncias certas, seguramente”, afirmou Trump, ao ser questionado se estava aberto a rever o tarifaço. O republicano conversou com jornalistas a bordo do Air Force One, e o áudio da conversa foi posteriormente divulgado pela Casa Branca. Ele também lembrou do breve encontro que teve com Lula nos bastidores da Assembleia Geral da ONU, em Nova York, em setembro.
Por sua vez, Lula confirmou que ainda não houve exigências de nenhum dos lados. “Não tem exigência dele (Trump) e não tem exigência minha ainda. Vamos colocar na mesa os problemas e tentar encontrar uma solução. Pode ficar certo que vai ter uma solução”, afirmou o presidente brasileiro, também em território malaio.
Na sexta-feira (24), Lula havia reconhecido que um acordo pode não ser fechado na reunião de domingo, indicando que as negociações poderão continuar nas próximas semanas. O petista disse estar disposto a dialogar “sem vetos e sobre qualquer tema”, mas destacou que o entendimento entre os dois países exigirá “tempo e boa vontade mútua”.
Entre as principais demandas de Lula estão a revogação do tarifaço de 40% imposto em julho, por motivos políticos, e o fim das punições a autoridades brasileiras, incluindo ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) e membros do Executivo.