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Um terremoto de magnitude 6,3 abalou o norte do Afeganistão na madrugada desta segunda-feira, segundo informou o Serviço Geológico dos Estados Unidos (USGS), renovando o alerta em um país que ainda não se recuperou das catástrofes sísmicas dos últimos anos.
Un terremoto de magnitud 6,3 sacudió el norte de #Afganistán.
El epicentro se localizó en Kholm, cerca de la ciudad de Mazar-e-Sharif, en la provincia de Balkh, y tuvo una profundidad de 28 kilómetros pic.twitter.com/uxXZMNAHkV
— David de la Paz 戴维 (@daviddelapaz) November 3, 2025
O tremor ocorreu às 12h59, horário local, com epicentro a 22 quilômetros a oeste-sudoeste da localidade de Kholm e profundidade de 28 quilômetros, de acordo com dados oficiais.
A região mais afetada foi Kholm, próxima a Mazar-e-Sharif, na província de Balkh, uma área densamente povoada com cerca de 65 mil habitantes.
As vibrações foram sentidas até em Cabul e em localidades situadas a centenas de quilômetros do epicentro, segundo relatos de moradores e correspondentes internacionais.
Até o momento, não há registro de danos materiais significativos nem de vítimas fatais, embora a Autoridade Nacional de Gestão de Desastres tenha alertado que os balanços preliminares serão atualizados à medida que avançarem as avaliações em campo.
Fontes da Crescente Vermelha Afegã informaram que mantêm equipes de observação em várias províncias do norte, mas ainda não divulgaram números oficiais sobre os possíveis impactos.
O Afeganistão está entre os países mais vulneráveis a terremotos devido à sua localização na interseção da placa tectônica euroasiática com a placa indiana. Essa condição geográfica provoca intensa atividade sísmica, especialmente na extensa faixa montanhosa do Hindu Kush, onde forças tectônicas podem gerar terremotos de grande magnitude.
Este episódio ocorre apenas dois meses após o devastador tremor que matou mais de 2.200 pessoas no final de agosto, quando um terremoto de magnitude 6 atingiu diversas províncias do leste, incluindo Kunar, Laghman e Nangarhar.
A organização Afghan Red Crescent Society confirmou que, naquela ocasião, mais de mil pessoas morreram imediatamente e milhares ficaram feridas ou desabrigadas. O sismólogo do British Geological Survey, Brian Baptie, explicou que, desde 1900, o nordeste afegão registrou pelo menos doze terremotos com magnitude superior a 7, refletindo os altos riscos enfrentados pela população.
A essas estatísticas soma-se o impacto do terremoto de outubro de 2023, também de magnitude 6,3, que destruiu mais de 63 mil casas e matou pelo menos 4 mil pessoas na região de Herat, próxima à fronteira com o Irã.
A província de Balkh, onde se localizou o epicentro na madrugada desta segunda-feira, é uma das áreas mais populosas e agrícolas do norte afegão. Embora as informações sobre danos ainda sejam limitadas devido à dificuldade de acesso a algumas regiões, agências humanitárias começaram a enviar equipes para avaliar o impacto e atender possíveis necessidades urgentes.
Autoridades e organizações em campo reforçaram a importância de manter sistemas de alerta e fortalecer a infraestrutura para reduzir riscos em futuros terremotos, considerando que os registros históricos indicam que o Afeganistão continuará exposto a eventos sísmicos significativos nos próximos anos.
Por enquanto, equipes de emergência permanecem atentas a novos relatórios sobre danos materiais e humanos causados por este último tremor.
(Com informações da AFP e Reuters)