Na tarde desta sexta-feira (02), o senador Alessandro Vieira (Cidadania-SE) apresentou pedidos de quebras de sigilos dos deputados federais Luis Miranda (DEM-DF) e Ricardo Barros (PP-PR).
De acordo com o senador, as quebras de sigilo de Miranda serão importantes para esclarecer o nível de proximidade dele com integrantes do governo federal e para esclarecer informações sobre casos de suposta “prevaricação” e “corrupção” dentro do Planalto.
“O deputado Luis Miranda tem demonstrado proximidade com atores estratégicos do governo federal, Ministério da Saúde e demais parlamentares, o que indica sua relação e conhecimento de possíveis casos de prevaricação, corrupção, concussão, condescendência criminosa e muitos outros tipos penais que poderiam ser enquadrados nas condutas descritas pelos irmãos durante o depoimento nesta CPI”, diz o senador no requerimento.
Além disso, o pedido de Vieira reforça a necessidade de o deputado apresentar a possível gravação da conversa entre ele e o presidente na qual Miranda alertou um caso de corrupção em curso no Ministério da Saúde.
“Acrescente-se, apenas para reforçar a urgência da aprovação do presente requerimento, notícias que têm sido reveladas pela mídia e pelo próprio deputado sobre a possibilidade de gravação de reuniões com o Presidente da República durante o relato sobre as suspeitas de irregularidades, bem como a existência de provas sobre o alegado em posse de Luis Miranda”, prosseguiu.
Já sobre Ricardo Barros, o pedido foi feito com base em uma declaração de Luis Miranda que teria recebido uma oferta de propina para manter o silêncio sobre irregularidades na compra da Covaxin em uma reunião com a presença de Barros.
“Viu-se, no curso das investigações, outras provas e indícios que vinculam o senhor Ricardo Barros aos fatos objeto de inquérito, além da informação do deputado federal Luís Miranda de que o presidente da República reconheceu perante duas testemunhas, diante da materialidade do delito, a sua autoria, imputação em nenhum momento negada pelo senhor Jair Bolsonaro”, diz o requerimento.