Na manhã desta sexta-feira (30) em evento virtual, o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), afirmou que o financiamento público de campanha eleitoral impede influências indevidas no processo eleitoral, como do tráfico, das milícias, das igrejas e do Judiciário.
Ele disse que, sem esse dinheiro do contribuinte, “teremos o risco de ter no Congresso, nas assembleias legislativas e nas câmaras de vereadores pessoas bancadas com dinheiro do tráfico de drogas, das milícias, pela influência das igrejas, das questões religiosas, dos outsiders ou daqueles que usam a toga e a influência no Ministério Público para perseguir a política e se candidatar”.
O presidente da Câmara disse também que é preciso definir qual modelo de financiamento de campanha o Brasil terá: “Ou se volta para um sistema mais flexível, ou se muda o sistema de financiamento.”
Lira criticou ainda a “hipocrisia” de parlamentares que criticam o modelo de financiamento público atual. “Muitos que votam contra e utilizam o financiamento público e muitos que criticam e usam o financiamento privado de pessoas milionárias”.
O financiamento empresarial de campanhas políticas foi proibido pelo STF em 2015, na esteira das denúncias de corrupção feitas pela operação Lava Jato.