O pré-candidato à Presidência, Sergio Moro (Podemos), disse nesta segunda-feira (14) que votar no presidente Jair Bolsonaro (PL) é eleger o ex-presidiário e ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
“Hoje, votar em Bolsonaro é eleger o Lula no 2º turno. Porque é isso que vai acontecer, dada a rejeição que foi criada pelo presidente por tantos e tantos erros na pandemia na economia, e esse enfraquecimento do combate à corrupção. Ninguém quer o Lula e o PT de volta. Por isso tome muito cuidado e tome uma decisão muito refletida sobre esse assunto”, afirmou o ex-juiz da Lava Jato em entrevista ao youtuber Nando Moura.
Moro fez diversas críticas ao governo Bolsonaro em relação à condução do combate à pandemia, a política econômica e o enfrentamento à corrupção. O ex-ministro da Justiça afirmou que “Bolsonaro é o culpado pelo ressurgimento do PT”.
Ele apelou aos eleitores de Bolsonaro que não votem no presidente. “Não aposte num governo que não deu certo, não está dando certo. Um governo que não entregou emprego, não entregou o crescimento da renda, deixou descontrolar a inflação. Um governo que enfraqueceu o combate à corrupção e permitiu a volta Lula e do PT”, declarou.
Moro ainda se posicionou como uma alternativa à polarização nas eleições e reforçou compromisso com a responsabilidade fiscal, com “princípios cristãos” citados em carta que escreveu aos evangélicos e com o combate à corrupção.
Ele afirmou também que, caso seja eleito, começará o governo “com pé na porta” e que apostará em reformas nos primeiros 100 dias de governo. Ele destacou a reforma tributária e a administrativa e disse que são essenciais para recuperar a credibilidade do Brasil.
Moro também classificou como “delírio” e “totalmente arbitrário” o pedido do procurador Lucas Furtado, do Ministério Público para tornar seus bens indisponíveis. Moro voltou a afirmar que irá processar e pedir uma indenização por danos morais.