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O ministro da Casa Civil, Rui Costa (PT), afirmou nesta sexta-feira (10) que o estouro da meta de inflação está relacionado a eventos climáticos extremos, como cheias e secas, mas ressaltou que essa situação deve “se acomodar”.
O petista destacou que as variações na inflação são impactadas por esses fenômenos climáticos, como a seca em várias regiões do país e a chuva excessiva em outras. No entanto, o ministro de Lula afirmou que essa tendência deve se estabilizar.
Costa também mencionou que as medidas fiscais aprovadas em dezembro já estão gerando efeitos, reafirmando o compromisso fiscal do governo e contribuindo para o controle da inflação, alinhando-a novamente com a meta estabelecida na política econômica.
A declaração foi feita após uma reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, na qual ministros discutiram, entre outros temas, as ações do governo diante das mudanças na política de moderação das plataformas da Meta, responsável pelo Instagram e Facebook.
O Banco Central (BC) anunciou que a carta aberta explicando o descumprimento da meta de inflação de 2024 será divulgada nesta sexta-feira (10), às 18h, horário de Brasília. O documento, assinado pelo presidente do BC, Gabriel Galípolo, será encaminhado ao ministro da Fazenda, Fernando Haddad.
A inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) fechou 2024 com alta de 4,83%, acima do teto da meta estipulada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), que era de 4,5%, com um centro de 3%. Este foi o oitavo descumprimento da meta desde a adoção do regime de metas inflacionárias, em 1999.
A carta deve detalhar os motivos do descumprimento, as ações planejadas para garantir a convergência da inflação à meta e o prazo estimado para atingir esse objetivo.
Dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta sexta-feira mostram que o IPCA subiu 0,52% em dezembro, acelerando em relação a novembro, quando o índice foi de 0,39%. Apesar disso, houve desaceleração frente a dezembro de 2023, quando a alta foi de 0,56%.
No último mês do ano, oito dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados apresentaram aumento de preços. O grupo Alimentação e Bebidas liderou a alta, com um aumento de 1,18%, impactando o índice em 0,25 ponto percentual. Este foi o quarto mês consecutivo de alta nos alimentos, com destaque para as carnes. O único grupo com queda foi Habitação, que recuou 0,56%, gerando um impacto negativo de 0,08 ponto percentual.
As variações registradas em dezembro por grupo foram: Alimentação e Bebidas (1,18%), Habitação (-0,56%), Artigos de Residência (0,65%), Vestuário (1,14%), Transportes (0,67%), Saúde e Cuidados Pessoais (0,38%), Despesas Pessoais (0,62%), Educação (0,11%) e Comunicação (0,37%).
No acumulado de 2024, os principais impactos na inflação vieram de Alimentação e Bebidas, que registrou alta de 7,69% em 12 meses, contribuindo com 1,63 ponto percentual para o IPCA. Outros grupos com impacto relevante foram Saúde e Cuidados Pessoais, com alta de 6,09% (0,81 p.p.), e Transportes, com 3,30% (0,69 p.p.). Juntos, esses três grupos representaram cerca de 65% da inflação do ano.