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O consumo habitual de café não apenas desperta as manhãs de milhões de pessoas em todo o mundo, mas também pode estar influenciando sua saúde intestinal de maneiras até então desconhecidas. Um estudo publicado na revista Nature Microbiology encontrou uma ligação clara entre esta popular bebida e o crescimento de uma bactéria intestinal específica, a Lawsonibacter asaccharolyticus, sugerindo um novo mecanismo por trás dos benefícios do café para a saúde.
Há anos, pesquisadores associam o consumo de café a diversos benefícios para a saúde, como menor risco de doenças cardíacas, câncer de cólon e diabetes tipo 2. No entanto, sua relação com o microbioma intestinal, aquela complexa comunidade de bactérias que desempenha um papel fundamental na digestão e no bem-estar geral, era um campo pouco explorado.
Os resultados revelaram que o consumo regular de café está associado ao crescimento de uma bactéria específica no intestino humano, o que pode explicar alguns dos efeitos positivos da bebida sobre a saúde.
O estudo analisou o DNA fecal de mais de 20.000 pessoas que registraram seu consumo diário de café. Os resultados mostraram que o café estava relacionado ao aumento de várias espécies bacterianas no intestino, mas a correlação mais forte e consistente foi encontrada com a Lawsonibacter asaccharolyticus, mesmo entre consumidores de café descafeinado. Para verificar essa associação, a equipe realizou experimentos in vitro, observando que o crescimento dessa bactéria se acelerava significativamente com o café.
Lawsonibacter asaccharolyticus é uma bactéria intestinal identificada pela primeira vez em 2018, que desempenha um papel importante na produção de butirato, um ácido graxo de cadeia curta que é um marcador chave de uma fermentação intestinal saudável. Os pesquisadores também analisaram os metabólitos presentes no sangue de centenas de participantes, encontrando que o crescimento dessa bactéria estava intimamente relacionado ao aumento dos níveis de ácido quínico e de hipurato, compostos associados a uma melhor saúde intestinal. Isso reforça a ideia de que o café poderia influenciar o bem-estar intestinal por meio de mecanismos bioquímicos específicos.
