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Quando se pensa em ataques cardíacos, muitos imaginam executivos estressados, com hábitos alimentares ruins, segurando o peito em agonia. No entanto, doenças cardiovasculares podem afetar qualquer pessoa, e os sintomas nem sempre são evidentes.
“Pacientes às vezes me dizem: ‘Achei que fosse indigestão, depois fui ao hospital porque estava persistente, e para minha surpresa, eu tinha tido um ataque cardíaco’”, relata Ruth Goss, enfermeira cardíaca sênior da British Heart Foundation, ao tabloide britânico, The Telegraph.
As doenças cardiovasculares são preveníveis e tratáveis, mas ainda assim matam mais pessoas a cada ano do que o câncer, totalizando mais de 18 milhões de mortes no mundo. No Reino Unido, estima-se que 480 pessoas morrerão de doença cardiovascular apenas hoje, 270 serão internadas por ataque cardíaco, e uma em cada quatro mortes será causada por problemas cardíacos, afirma o Prof. Dan Augustine, cardiologista da Clínica do Coração Nacional e diretor médico da Sports Cardiology UK.
Fatores como hereditariedade, colesterol alto, tabagismo, sedentarismo e consumo nocivo de álcool aumentam o risco. Os principais sintomas cardíacos incluem dor no peito, falta de ar e palpitações, explica Augustine.
Um problema é que muitos não reconhecem sinais não clássicos de ataque cardíaco até ser tarde demais. “A dor no peito precisa ser investigada, mas mudanças sutis, como cansaço excessivo ou leve dor na mandíbula, também podem indicar um problema cardíaco. Se surgirem do nada, é um alerta de que algo pode estar acontecendo com seu coração”, alerta Goss ao veículo.
A doença coronariana pode se desenvolver ao longo de anos. “As pessoas percebem que começam a fazer cada vez menos, seja por dor torácica ou desconforto que se estende até a garganta”, acrescenta Augustine. Muitos pacientes relatam mudanças corporais incomuns meses antes do evento, incluindo cansaço e sono perturbado.
Pacientes diabéticos podem apresentar sintomas ainda mais sutis ou inexistentes, dificultando a detecção precoce, destaca o Dr. Oliver Segal, cardiologista consultor e eletrofisiologista da Harley Street Clinic e do Hospital Universitário College.
Especialistas reforçam que aumentar a conscientização sobre sintomas silenciosos é essencial. “Alguns sinais podem não ser graves, mas outros podem ameaçar a vida. Qualquer sintoma acompanhado de dor no peito ou falta de ar exige atendimento médico imediato”, alerta Segal.