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O nível de atividade da economia do Brasil registrou um aumento pelo segundo mês seguido em julho, embora tenha apresentado desaceleração, segundo números divulgados nesta quarta-feira (15) pelo Banco Central.
O Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br) apresentou alta de 0,60% em julho de 2021 em relação ao mês anterior. O número foi calculado após ajuste sazonal, uma espécie de “compensação” para comparar períodos diferentes.
Até fevereiro, o IBC-Br vinha apresentando crescimento, após os choques sofridos em março e abril de 2020, devido às medidas de isolamento social para o enfrentamento da pandemia. Nos últimos meses, contudo, os resultados oscilaram, com recuos em março e maio. O trimestre fechado em julho encerrou com oscilação negativa de 0,02%.
Em julho, o IBC-Br atingiu 140,52 pontos. Na comparação com julho do ano passado, houve aumento de 5,53% (sem ajuste para o período, já que a comparação é entre meses iguais). No acumulado em 12 meses, o indicador também ficou positivo, em 3,26%.
O índice é uma forma de avaliar a evolução da atividade econômica brasileira e ajuda o BC a tomar decisões sobre a taxa básica de juros, a Selic, definida atualmente em 5,25% ao ano. O índice engloba informações sobre o nível de atividade dos três setores da economia, a indústria, o comércio e os serviços e agropecuária, além do volume de impostos.
O indicador foi criado pelo Banco Central para tentar antecipar a evolução da atividade econômica. No entanto, o indicador oficial é o Produto Interno Bruto (PIB, soma dos bens e serviços produzidos no país), calculado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Em 2020, o PIB do Brasil caiu 4,1%, totalizando R$ 7,4 trilhões. Foi a maior queda anual da série do IBGE, iniciada em 1996 e que interrompeu o crescimento de três anos seguidos, de 2017 a 2019, quando o PIB acumulou alta de 4,6%.