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A Polícia Civil de São Paulo prendeu dez pessoas foragidas da Justiça desde o início do Grande Prêmio de Fórmula 1, no Autódromo de Interlagos, na Zona Sul da capital paulista.
Os detidos pela Divisão Especial de Atendimento ao Turista (DEATUR) eram alvo de mandados de prisão por condenação ou decisão cautelar por crimes como roubo e estupro de vulnerável.
As prisões foram feitas a partir da aplicação do programa Muralha Paulista, que identificou os procurados entre o público por meio do compartilhamento de dados entre a Secretaria da Segurança Pública (SSP) e a organização do evento.
O sistema funciona a partir da integração do sistema de segurança pública ao banco de dados da organização do evento, onde algoritmos desenvolvidos por meio de inteligência artificial analisam em tempo real as informações cadastrais do público comparecente e geram alertas para o efetivo policial empregado no evento, de acordo com o tipo de restrição constatada.
O sistema funciona desde o momento da compra do ingresso, por exemplo, fazendo a verificação em diversas bases de dados estaduais e federais, como o Córtex, que é uma ferramenta de vigilância e controle compartilhada com o estado de São Paulo pelo governo federal por meio de termo de cooperação assinado em março deste ano.
Segundo a Secretaria, o sistema implantado em jogos esportivos é testado pela primeira vez em um grande evento internacional.
Para o GP de Fórmula 1, houve a colaboração da Interpol (Organização Internacional de Polícia Criminal) para o compartilhamento e uso da base de dados para identificar pendências criminais envolvendo o público estrangeiro. Até o momento, todos os presos eram brasileiros.