Nos siga em

O QUE ESTÁ PROCURANDO

Destaques

Senado define regras e rejeita intimar testemunhas no Impeachment de Trump

Depois de mais de 11 horas de discussão, o Senado americano definiu na madrugada desta quarta-feira (22) as regras do julgamento de impeachment do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. A maioria republicana também rejeitou todas as 11 tentativas da oposição democrata de convocar novas testemunhas contra o presidente. O julgamento será retomada nesta tarde.

Trump é acusado de abuso de poder ao pedir para o governo da Ucrânia investigar a família do seu adversário político Joe Biden e de obstrução do Congresso por tentar impedir depoimentos ao Legislativo e deixar de entregar documentos. Ele dificilmente deixará o cargo, porque o Partido Republicano – governista — detém maioria no Senado (leia mais abaixo sobre o processo).

CONTINUE LENDO APÓS O ANÚNCIO

A sessão de abertura foi marcada por uma série de tentativas do Partido Democrata — de oposição — de forçar a votação sobre convocar testemunhas ou intimar a apresentação de documentos. Porém, todas as 11 emendas apresentadas pelo líder da oposição, Chuck Schumer, foram derrubadas.

Os senadores também definiram as regras do julgamento, confirmando a proposta apresentada pelo líder da maioria, Mitch McConnell, algumas das regras do julgamento são as seguintes:

CONTINUE LENDO APÓS O ANÚNCIO
  • Acusação e defesa terão 24 horas cada — divididas ao longo de três dias — para apresentar os argumentos iniciais
  • Em seguida, os senadores — que atuam na prática como jurados do julgamento de impeachment — terão 16 horas para fazer perguntas por escrito
  • Outra votação define se o Senado ouvirá ou não as testemunhas que não depuseram durante a fase de investigação na Câmara
 
 

Discordâncias sobre a proposta

O projeto do senador Mitch McConnell havia sido divulgado na segunda, e os pontos apresentados levantaram dúvidas e protestos da oposição.

McConnell, aliado republicano de Trump, havia prometido apresentar um procedimento semelhante ao do impeachment de Bill Clinton em 1999 — que acabou absolvido. Porém, os senadores do Partido Democrata alegavam diferenças consideráveis entre os dois processos e disseram que o projeto apresentado favorece Trump.

Uma das propostas mais polêmicas era a divisão dos debates: cada lado teria 24 horas para argumentar, distribuídas em dois dias — e não em quatro dias, como ocorreu no julgamento de Clinton. Nesta tarde, porém, McConnell concordou em ampliar a duração para três dias.

CONTINUE LENDO APÓS O ANÚNCIO

De acordo com parlamentares democratas, tratava-se de uma tentativa de fazer com que os debates sobre as acusações contra Trump se estendessem até as madrugadas.

“Isso pode forçar as apresentações rumo às 2 ou 3 da madrugada. A resolução do McConnell vai resultar em um julgamento apressado, com poucas provas e na calada da noite”, afirmou o líder da minoria no senado, o democrata Chuck Schumer.

CONTINUE LENDO APÓS O ANÚNCIO

Em outra mudança em relação ao projeto original, McConnell recuou da ideia de condicionar as provas apresentadas pela Câmara à aprovação do Senado e decidiu que elas serão aceitas desde que não haja uma moção para derrubá-las.

McConnell ainda prometeu obstruir qualquer tentativa de burlar o procedimento por meio de emendas ou intimações a testemunhas durante os debates à tarde.

CONTINUE LENDO APÓS O ANÚNCIO

“Se qualquer emenda for apresentada para forçar opiniões prematuras no meio do julgamento, vou agir para prorrogar [a apreciação] dessas emendas”, disse.

Isso, de fato, acabou ocorrendo: Schumer apresentou emendas para solicitar mais documentos da Casa Branca que possam provar as acusações contra Trump. Os senadores, porém, aprovaram moção para arquivar o pedido do senador democrata.

CONTINUE LENDO APÓS O ANÚNCIO

Pat Cipollone, advogado de Trump, defendeu a proposta de procedimento entregue por McConnell. “É um jeito justo de prosseguir com o julgamento. Já se passou muito tempo para esse processo, e estamos aqui para fazê-lo”, disse.

Acusações

Donald Trump durante seu discurso no Fórum Econômico Mundial, em Davos, no dia 21 de fevereiro de 2020 — Foto: Denis Balibouse/Reuters

CONTINUE LENDO APÓS O ANÚNCIO

As acusações contra Trump aprovadas pela Câmara são as seguintes:

  • Abuso de poder ao pedir investigação ao presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, contra a família de Joe Biden. Deputados consideraram a ação uma “interferência de um governo estrangeiro” em favor da reeleição de Trump em 2020;
  • Obstrução ao Congresso por impedir diversas pessoas ligadas à sua administração de prestar depoimento (inclusive algumas que tinham sido intimadas) e por se recusar a entregar documentos aos investigadores durante o inquérito.

Um grupo de sete deputados — todos do Partido Democrata — atuará como uma promotoria do caso. Os nomes foram definidos no mesmo dia em que a presidente da Câmara, Nancy Pelosi, autorizou o envio do processo ao Senado:

  • Deputado Adam Schiff, presidente do Comitê de Inteligência
  • Deputado Jerry Nadler, presidente do Comitê Judiciário
  • Deputado Hakeem Jeffries
  • Deputado Jason Crow
  • Deputada Val Demings
  • Deputada Zoe Lofgren
  • Deputada Sylvia Garcia

Defesa

A equipe de defesa de Donald Trump chama as acusações contra o republicano de “afronta à Constituição”.

O texto entregue na segunda-feira ao Senado considera o procedimento “falho” e diz que o objetivo dos democratas “nunca foi buscar a verdade”. O documento pede que os senadores rejeitem o impeachment e aponta os quatro pontos abaixo como destaque:

CONTINUE LENDO APÓS O ANÚNCIO
  1. As acusações falham, do ponto de vista jurídico, ao apontar as irregularidades passíveis de impeachment.
  2. As acusações são resultado de um inquérito de impeachment que violou todo precedente e negou ao presidente o devido processo requerido pela Constituição.
  3. A primeira acusação (de abuso de poder) é falho porque as provas refutam as alegações dos democratas.
  4. Os artigos são estruturalmente deficientes e podem apenas resultar em absolvição.

Tendência

A tendência é de que o Senado deve absolver Trump e mantê-lo no cargo, já que para que ele seja afastado do cargo são necessários os votos de dois terços dos senadores. Mas, dos 100 assentos, 53 são atualmente ocupados por republicanos, e nenhum deles expressou apoio à remoção do presidente.

Donald Trump é o 3º presidente da história dos Estados Unidos a sofrer impeachment na Câmara — e o primeiro a passar pelo processo enquanto luta pela reeleição ao cargo.

Antes de Trump, Andrew Johnson e Bill Clinton tiveram processos de impeachment aprovados pela Câmara, mas ambos foram absolvidos pelo Senado e não perderam o cargo. Assim como Trump, eles continuaram no cargo enquanto aguardavam o julgamento no Senado.

CONTINUE LENDO APÓS O ANÚNCIO

Por G1

CONTINUE LENDO APÓS O ANÚNCIO
Escrito Por

Destaques

Destaques

✅Governo Planeja Importar 1 Milhão De Toneladas De Arroz Para Conter Alta De Preços Governo planeja importar 1 milhão de toneladas de arroz para...

Eduardo Leite Eduardo Leite

Brasil

Em meio às iniciativas de solidariedade para com as vítimas das enchentes no Rio Grande do Sul, o governador Eduardo Leite (PSDB) esclareceu o...

Mundo

Durante uma sessão da Comissão de Assuntos Exteriores do Congresso dos Estados Unidos na terça-feira (7), a deputada norte-americana Maria Elvira Salazar, do Partido...

Justiça

Nesta terça-feira (7), o ministro Cristiano Zanin, do Supremo Tribunal Federal (STF), declarou-se impedido de julgar um recurso contra a decisão do Tribunal Superior...

Eduardo leite Eduardo leite

Vídeos

Na noite desta terça-feira (7), o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, gravou um vídeo para alertar a população sobre a previsão...

Saúde

A vacina Covid-19 da Oxford-AstraZeneca, saudada como um triunfo da ciência britânica, está sendo retirada de uso em todo o mundo, meses após a...

CONTINUE LENDO APÓS O ANÚNCIO

Brasil

rio grande do sul

Brasil

Na manhã desta quarta-feira (08), a Força Aérea Brasileira (FAB) informou que vai abrir a Base Aérea de Canoas (BACO), no Rio Grande do...

Governo cria “emenda de resgate emergencial” de R$ 1,3 bilhão para reconstruir Rio Grande do Sul Governo cria “emenda de resgate emergencial” de R$ 1,3 bilhão para reconstruir Rio Grande do Sul

Brasil

Nesta quarta-feira (8), uma frente fria avança sobre Santa Catarina, desencadeando tempestades localizadas com chuvas intensas em pontos específicos, acompanhadas por relâmpagos, ventos com...

Guaíba Guaíba

Brasil

O nível do Guaíba, em Porto Alegre (RS), teve uma redução de 15 centímetros nas últimas 24 horas, conforme informações atualizadas pela prefeitura. Segundo...

título eleitoral título eleitoral

Brasil

Esta quarta-feira (08) é o último dia para regularizar a situação do título de eleitor ou tirar o documento pela primeira vez a tempo...

Brasil

Em publicações nas redes sociais, foram mencionados diversos incidentes, incluindo relatos de saques, assaltos violentos e confrontos envolvendo voluntários que prestam assistência humanitária. Um...

Brasil

O Navio-Aeródromo Multipropósito (NAM) Atlântico, considerado o maior navio de guerra da América Latina pela Marinha, foi destacado para auxiliar a população do Rio...

CONTINUE LENDO APÓS O ANÚNCIO
Facebook
X\Twetter
LinkedIn
WhatsApp
Threads
Telegram
Reddit