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Segundo a CNN Brasil, membros da equipe do procurador-geral da República, Augusto Aras, consideram de forma reservada que o conteúdo do vídeo da reunião ministerial do dia 22 de abril, divulgado ontem pelo ministro Celso de Mello, do Supremo Tribunal Federal (STF), não traz novos elementos nem provas que fortaleçam a investigação.
A emissora americana conversou com investigadores do Ministério Público Federal (MPF) que trabalham em Brasília e São Paulo e que despacham na sede da Procuradoria-Geral da República (PGR) para avaliar os impactos do conteúdo divulgado nesta sexta-feira na investigação em curso no Supremo. Os investigadores falaram com a TV sob a condição de anonimato.
Outro investigador avalia que uma das falas de Bolsonaro — citadas pelo ex-ministro da Justiça e Segurança Pública Sergio Moro como uma das provas de que Bolsonaro interferiu na Polícia Federal — fazia menção à segurança de sua família e que esse trecho não impulsiona as investigações.
“Já tentei trocar gente da segurança nossa no Rio de Janeiro, oficialmente, e não consegui! E isso acabou. Eu não vou esperar foder a minha família toda, de sacanagem, ou amigos meu, porque eu não posso trocar alguém da segurança na ponta da linha que pertence a estrutura nossa. Vai trocar! Se não puder trocar, troca o chefe dele! Não pode trocar o chefe dele? Troca o ministro! E ponto final! Não estamos aqui pra brincadeira”, disse o chefe do executivo na reunião.