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Foi ampliada dos atuais R$ 10 milhões para R$ 160 milhões a linha de crédito para financiar a recuperação dos cafezais com recursos do Fundo de Defesa da Economia Cafeeira (Funcafé). A medida foi aprovada nessa quinta-feira (26) em reunião virtual do Conselho Monetário Nacional (CMN).
Segundo o Ministério da Economia, a medida foi justificada pelos efeitos negativos de eventos climáticos adversos, basicamente falta de chuva e altas temperaturas, que atingiram os cafezais entre os meses de março e outubro de 2020 nas principais regiões produtoras do país, o que comprometeu a produtividade da safra a ser colhida em 2021, com possibilidade de afetar também a safra 2022. A suplementação foi alcançada mediante remanejamento de parte dos recursos destinados a linhas de operações de comercialização, financiamento para aquisição de café e capital de giro.
“Como essa linha de crédito tem por finalidade financiar a recuperação de lavouras de café danificadas por chuvas de granizo, geadas, vendavais ou outros fenômenos climáticos, a ampliação desse recurso é bastante oportuna em virtude das intempéries climáticas ocorridas nos cafezais brasileiros, sobretudo déficit hídrico”, destaca o diretor do Departamento de Comercialização e Abastecimento do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Silvio Farnese. Com a suplementação de recursos, será possível atender até 50 mil hectares de café atingidos pela seca, mitigando parte das dificuldades financeiras dos produtores.
Para dar andamento à disponibilidade do crédito para os produtores o mais rapidamente possível, o Mapa receberá, até 4 de dezembro deste ano, demandas das instituições financeiras interessadas em operacionalizar os recursos, por meio do endereço eletrônico funcafe@agricultura.gov.br
Mais recurso para pesquisa
O Mapa está reforçando o orçamento do Consórcio Brasileiro de Pesquisa e Desenvolvimento do Café, coordenado pela Embrapa, em R$ 2,8 milhões, com recursos do Funcafé. Com esse aporte, o volume total destinado à pesquisa para a cultura do café, em 2020, atinge R$ 7,4 milhões.
O consórcio é integrado pelas principais universidades e institutos de pesquisas que atuam no setor cafeeiro. As atividades garantem um padrão tecnológico na cultura do café possibilitando crescimento da produtividade das lavouras, fazendo com que o Brasil se destaque como o país com maior produção cafeeira.
O trabalho da pesquisa está focado em tecnologias para o melhoramento genético das plantas, combate de pragas e doenças, aproveitamento de resíduos, garantindo o equilíbrio com o meio ambiente e melhorias nas fases de colheita e pós-colheita, importantes etapas para garantir a boa qualidade da bebida nacional.
Com informações do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento