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Durante evento da OAB, o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso, fez uma espécie de mea-culpa na tarde desta segunda-feira (27) sobre o papel da Corte em determinadas decisões.
“O Supremo não acerta sempre, nada que é humano é feito de 100% de acertos. Eu mesmo divirjo muitas vezes, outros colegas divergem, faz parte da vida a divergência e a crítica. É possível aceitá-la com humildade e prestar atenção à crítica”, afirmou Barroso em Belo Horizonte (MG).
“Mas a crítica é diferente do comportamento destrutivo das instituições, é preciso conviver com a crítica com humildade, mas é preciso preservar as instituições com coragem e altivez”, completou o magistrado.
Barroso também listou uma série de episódios ocorridos durante o seu mandato para ilustrar as “ameaças” direcionadas ao Supremo Tribunal Federal e à democracia.
“Tivemos ameaça de descumprimento de decisões do Supremo, um plano de sobrevoo com caças Gripen sobre o Supremo para quebrar as vidraças e intimidar o Tribunal. Tivemos desfile de tanques na praça dos Três Poderes, tivemos uma tentativa de voto impresso com contagem pública e manual de votos, que sempre foi o caminho da fraude no Brasil e o risco de invasão das sessões eleitorais. Tivemos o não reconhecimento e a não concessão da vitória do candidato, acusações falsas e não comprovadas de fraude, a não passagem de faixa e os eventos tenebrosos do 8 de janeiro”, disse o presidente do STF.