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A queda na poupança persistiu em novembro, com os saques ultrapassando os depósitos em R$ 3,3 bilhões durante o mês, conforme revelado pelo Banco Central nesta sexta-feira (8). Esse montante representa o terceiro pior desempenho para o mês desde o início da série histórica da caderneta, iniciada em 1995. Somente em 2021 (com perdas de R$ 12,4 bilhões) e em 2022 (com perdas de R$ 7,4 bilhões), as retiradas superaram as aplicações em valores mais elevados.
No último mês, os brasileiros depositaram R$ 321,973 bilhões na poupança, enquanto retiraram R$ 326,572 bilhões. Em novembro do ano anterior, a modalidade enfrentou uma retirada líquida de R$ 7,419 bilhões.
Ao longo deste ano, a caderneta apresentou uma série de resultados negativos, registrando entrada líquida apenas em junho, totalizando R$ 2,595 bilhões. Em janeiro, a poupança teve a maior retirada líquida da série, alcançando R$ 33,631 bilhões. Como resultado, a saída líquida acumulada da poupança em 2023 atingiu R$ 101,591 bilhões. No ano anterior, a modalidade teve o maior resgate anual da série, totalizando R$ 103,237 bilhões, com entrada líquida apenas em maio (R$ 3,515 bilhões) e dezembro (R$ 6,259 bilhões).
O saldo total da poupança em novembro foi de R$ 963,865 bilhões. Esse resultado foi somado ao rendimento de R$ 5,407 bilhões creditado no período. Adicionalmente, no último mês, os recursos da caderneta destinados ao crédito imobiliário (SBPE) registraram um saque líquido de R$ 1,801 bilhão, enquanto no crédito rural (SBPR) houve um saque de R$ 1,504 bilhão.
Com a taxa Selic atualmente em 12,25% ao ano, a poupança é remunerada pela TR (Taxa Referencial), que está em 0,1068% ao mês (1,29% ao ano), além de uma taxa fixa de 0,5% ao mês (6,17% ao ano). Quando a Selic fica abaixo de 8,5%, a atualização é feita pela TR somada a 70% da taxa básica de juros.