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As fortes chuvas que atingiram o Rio Grande do Sul desde o final de abril deixaram um rastro de destruição em seis assentamentos do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST). Ao todo, 420 famílias foram afetadas, com 290 delas ficando desabrigadas. As perdas na produção agrícola e na pecuária leiteira são estimadas em R$ 90 milhões.
Os assentamentos atingidos estão localizados na região metropolitana de Porto Alegre e na região central do estado. Entre as áreas mais afetadas estão os assentamentos Integração Gaúcha (IRGA) e Colônia Nonoaiense (IPZ), em Eldorado do Sul; Santa Rita de Cássia e Sino, em Nova Santa Rita; 19 de Setembro, em Guaíba e Tempo Novo, em Taquari.
A rizicultura do MST no estado ocupa uma área total de 2,8 mil hectares, sendo que a maior parte está nas áreas inundadas pelas chuvas. As perdas na produção de arroz foram significativas, com 755 hectares de arroz agroecológico, 838 hectares de arroz em transição agroecológica e 765 hectares de arroz convencional perdidos. No total, a área de arroz perdida chega a 2.358 hectares.
O investimento em produção, contratos, insumos e prejuízos na comercialização do arroz somam mais de R$ 52 milhões, segundo o MST. Além disso, 200 famílias envolvidas na produção de hortaliças e frutas na região metropolitana de Porto Alegre também foram afetadas, com perdas estimadas em R$ 35 milhões.
As perdas na pecuária leiteira também foram consideráveis, com um total estimado de R$ 3 milhões. Entre os prejuízos estão galpões danificados, pastagens plantadas destruídas, animais mortos e leite não entregue. Somente em Eldorado do Sul, as perdas na pecuária leiteira chegaram a R$ 1,29 milhão. No total, 95 cabeças de gado morreram devido às chuvas.