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O Exército israelense afirmou ter matado um líder do grupo palestino Hamas em um ataque realizado nesta quinta-feira contra o campo de refugiados de Tulkarem, na Cisjordânia ocupada, onde ao menos 18 pessoas morreram, segundo dados do Ministério da Saúde palestino.
A agência de notícias palestina Wafa informou que aviões israelenses bombardearam uma cafeteria, causando a morte de 18 pessoas no ataque.
De acordo com o Exército israelense, o bombardeio, realizado em coordenação com o serviço de inteligência israelense (Shin Bet), resultou na morte do líder do Hamas na cidade de Tulkarem, identificado como Zahi Yaser Abdel Razaq Awfi, e de “outros membros importantes” do grupo.
“Além de Awfi, muitos outros terroristas importantes, que faziam parte da rede terrorista em Tulkarem, foram eliminados”, afirmou o Exército em comunicado.
Segundo a agência palestina, um míssil atingiu uma popular cafeteria localizada no beco Al Hamam, no campo de refugiados de Tulkarem.
O Exército israelense sustenta que Awfi planejava realizar uma “operação terrorista” iminente em Israel.
Em comunicado, o Exército detalhou que Awfi havia preparado e liderado um ataque com carro-bomba na área de Atara, em 2 de setembro, e que planejava “realizar várias outras operações terroristas importantes” na Cisjordânia e em Israel.
Nos últimos 12 meses, Israel matou 720 palestinos na Cisjordânia, incluindo 160 menores, de acordo com o Ministério da Saúde palestino. Somente em Tulkarem, ao menos 94 palestinos foram mortos desde janeiro, entre eles oito menores de 15 a 17 anos, segundo um levantamento da EFE.
A maioria dessas mortes ocorreu por disparos de soldados, mas mais de 30 palestinos morreram em ataques aéreos, uma tática que Israel não utilizava em cidades e campos de refugiados na Cisjordânia desde a Segunda Intifada, há duas décadas.
A violência se intensificou em todo o território ocupado por Israel desde o início da guerra entre Israel e o Hamas em outubro. Tulkarem e outras cidades do norte da Cisjordânia têm sido palco de alguns dos piores episódios de violência. Grupos militantes palestinos estão ativos no norte da Cisjordânia, onde a Autoridade Palestina tem presença limitada.
Grandes operações israelenses na Cisjordânia às vezes ocorrem “em uma escala sem precedentes nas últimas duas décadas”, afirmou o mês passado o Alto Comissariado da ONU para os Direitos Humanos, Volker Turk.
Faisal Salama, responsável pelo campo de refugiados, disse à agência de notícias AFP que o ataque foi realizado por um avião de combate F-16.
Alaa Sroji, um ativista social local, afirmou que o avião israelense “atingiu uma cafeteria em um prédio de quatro andares”.
“Há muitas vítimas no hospital”, disse o morador, acrescentando que o número de mortos provavelmente aumentará.
O movimento palestino Fatah, rival do grupo Hamas, convocou manifestações na sexta-feira para honrar os “heróis mártires” de Tulkarem.
(Com informações da EFE, AFP e AP)