Nesta quarta-feira (31), o governo de São Paulo anunciou a criação de um comitê de emergência contra a dengue, devido ao aumento nos casos confirmados na quarta semana de janeiro. Nos primeiros quatro semanas de 2024, foram registrados 19.243 casos, um aumento de 47% em relação ao mesmo período de 2023, que totalizou 6.210 casos a mais. Apesar disso, a letalidade pela doença diminuiu 76%, com três mortes em 2024 contra 13 no ano anterior.
A distribuição da transmissão da doença varia nos bairros e distritos da capital. Enquanto o Brás não apresentou casos de dengue no último mês, o Jaguara, na zona oeste, teve cerca de 534 diagnósticos a cada 100 mil habitantes, tornando-se o bairro com o maior índice de transmissão. Itaquera, na zona leste, e Vila Leopoldina, na zona oeste, também registram altas taxas de transmissão.
A vacina contra a dengue, desenvolvida pelo Instituto Butantan, deverá ser apresentada à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) em setembro para iniciar a produção no próximo ano. A vacinação com o imunizante estrangeiro, adquirido pelo Ministério da Saúde, está programada para começar em fevereiro, mas inicialmente em apenas 11 cidades do Alto Tietê, devido à falta de doses para todo o estado. A Secretaria Municipal da Saúde de São Paulo solicitou, por meio de um ofício à ministra da Saúde, Nísia Trindade, o envio imediato de doses do imunizante contra a dengue para a capital paulista.
