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O Governo Lula deverá apresentar em novembro um conjunto de ações voltadas à valorização dos professores da educação básica, conforme anunciou o ministro da Educação, Camilo Santana. Entre as iniciativas está o Programa Pé-de-Meia, que oferecerá bolsas de apoio a estudantes que ingressarem na universidade com a intenção de seguir a carreira docente.
Santana revelou que as ações seriam divulgadas em outubro, em comemoração ao Dia do Professor, celebrado em 15 de outubro, mas a apresentação foi adiada devido a problemas orçamentários. Um dos destaques do novo plano será a criação de um concurso unificado para professores em todo o Brasil, semelhante ao Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), que servirá para a contratação de docentes nas escolas.
O programa será implementado por adesão das redes de ensino, tanto municipais quanto estaduais. O ministro enfatizou a importância de a sociedade reconhecer e valorizar os professores, um tema que é discutido globalmente. Ele também destacou que o Pé-de-Meia funcionará como um incentivo para jovens que desejam se tornar professores, permitindo que aqueles que estão prestando o Enem ingressem na universidade com suporte financeiro.
Essas medidas visam não apenas valorizar os educadores, mas também estimular a nova geração a buscar a carreira docente. Estudos indicam uma diminuição no interesse pela profissão, que pode levar a um “apagão” de professores nos próximos anos.
Apesar do contexto de discussões sobre cortes orçamentários em nível federal, Santana acredita que a educação não deve ser afetada. Ele ressaltou que nenhuma das políticas prioritárias do ministério será inviabilizada por medidas econômicas do governo. O ministro mencionou que, para o próximo ano, mais de 1 milhão de novas matrículas em escolas de tempo integral foram abertas, além do aumento dos recursos para o Programa Pé-de-Meia, a construção de institutos federais e a ampliação de novas universidades.
As ações voltadas para a valorização dos professores devem ser implementadas em 2025. Segundo Santana, a educação não deveria ter limites orçamentários, uma vez que o desenvolvimento de um país está diretamente ligado ao investimento em educação. Ele citou exemplos de países como China, Coreia, Singapura e Finlândia, que prosperaram por meio do investimento educacional.
Na quarta-feira (30), Santana participou da reunião dos ministros da Educação do G20, em Fortaleza, que antecede a Cúpula de Líderes do G20, marcada para os dias 18 e 19 de novembro de 2024, no Rio de Janeiro. Durante o encontro, a valorização dos professores e a priorização da educação foram temas centrais nas discussões.
O ministro destacou a necessidade de garantir maior financiamento para a educação, ressaltando que os recursos atualmente disponíveis na maioria dos países são insuficientes para promover a universalização e a equidade educacional. Ele enfatizou a importância de compartilhar experiências e debater esses temas no contexto do G20, que inclui nações como Argentina, Austrália, Brasil, Canadá, China, França, Alemanha, Índia, Indonésia, Itália, Japão, República da Coreia, México, Rússia, Arábia Saudita, África do Sul, Turquia, Reino Unido, Estados Unidos e a União Europeia.