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A Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) projeta que as vendas de Natal deste ano movimentem R$ 69,75 bilhões, um aumento real de 1,3% em relação ao ano passado, já descontada a inflação. No entanto, o valor ainda não atinge o nível de 2019, quando o faturamento do varejo foi de R$ 73,74 bilhões.
Supermercados e hipermercados devem representar 45% da movimentação financeira, somando R$ 31,37 bilhões. Em seguida, as lojas especializadas em vestuário, calçados e acessórios devem responder por 28,8% do total, equivalente a R$ 20,07 bilhões, enquanto os estabelecimentos que vendem artigos pessoais e domésticos deverão representar 11,7% (R$ 8,16 bilhões).
José Roberto Tadros, presidente do Sistema CNC-Sesc-Senac, comentou que a dinâmica atual de consumo tem favorecido o aumento das vendas neste final de ano, mas o aperto monetário iniciado em setembro pelo Banco Central já impacta o consumidor final, o que explica o crescimento mais modesto em comparação com o ano passado, quando a expectativa era de aumento de 5,6%.
A estimativa da CNC para as contratações temporárias é de 98,1 mil vagas, 2,3 mil a menos do que em 2023. Fábio Bentes, economista-chefe da CNC, explicou que o número de contratações temporárias é inferior ao de 2023, pois o quadro de funcionários das empresas aumentou em cerca de 3% nos últimos 12 meses, com a criação de mais de 240 mil vagas. Isso tem reduzido a dependência do varejo em relação ao trabalho temporário. Para 2025, a previsão do setor é de que cerca de 8 mil trabalhadores temporários sejam efetivados.
Em relação aos preços, a desvalorização cambial deve levar a um aumento médio de 5,8% nos preços dos produtos natalinos, conforme o Índice de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15), referente aos 12 meses encerrados em dezembro. A cesta de produtos será pressionada principalmente pelos aumentos nos preços de livros (12%), produtos para a pele (9,5%) e alimentos em geral (8,3%). Por outro lado, itens como bicicletas (queda de 6,2%), aparelhos telefônicos (redução de 5,5%) e brinquedos (diminuição de 3,5%) deverão ficar mais baratos.
Nos estados, São Paulo (R$ 20,96 bilhões), Minas Gerais (R$ 7,12 bilhões), Rio de Janeiro (R$ 5,86 bilhões) e Rio Grande do Sul (R$ 4,77 bilhões) concentrarão mais da metade (55,5%) da movimentação financeira prevista. Paraná e Bahia se destacam com os maiores avanços nas vendas, com projeções de crescimento de 5,1% e 3,6%, respectivamente.