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A Polícia Civil do Distrito Federal prendeu três suspeitos de integrar um grupo criminoso especializado em aplicar golpes utilizando inteligência artificial para manipular vídeos e áudios de figuras públicas. A operação, intitulada Operação Voiceover, resultou na prisão temporária dos acusados e no cumprimento de mandados de busca e apreensão em Taguatinga e Águas Claras, na noite de quarta-feira (15).
Os suspeitos, Gustavo, de 22 anos, João, de 23, e Kauã, de 20, utilizavam a tecnologia para alterar imagens e vozes de famosos e criar anúncios de promoções falsas, enganando consumidores em todo o país. Um dos casos mais notáveis envolveu o apresentador Marcos Mion, cuja imagem e voz foram manipuladas para promover uma falsa oferta do restaurante Outback.
Em nota, o Outback se posicionou sobre os golpes, alertando os consumidores sobre promoções fraudulentas associadas à sua marca. “Estamos trabalhando ativamente para derrubar os perfis e sites falsos, além de reforçar o alerta de segurança para nossos clientes”, afirmou a empresa.
O grupo operava de um escritório no Distrito Federal, onde, além de manipular vídeos e áudios, exibiam um estilo de vida luxuoso nas redes sociais, com carros importados e relógios caros, para atrair vítimas. Ao clicarem nos anúncios fraudulentos, as pessoas eram direcionadas para sites falsos, onde eram induzidas a pagar por “vouchers promocionais” inexistentes.
Segundo a investigação, os suspeitos usavam criptomoedas para lavar o dinheiro obtido com os golpes. Até o momento, a polícia não conseguiu determinar o valor total movimentado pela organização criminosa, mas, em apenas quatro dias, 27 vítimas haviam registrado denúncias sobre o golpe.
Os acusados responderão por crimes de fraude eletrônica, associação criminosa e lavagem de dinheiro, e as investigações continuam para identificar outras vítimas em todo o país.
