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Uma pesquisa do PoderData, divulgada nesta sexta-feira (21), mostra que 51% dos brasileiros são contrários à anistia para os presos pelos atos de vandalismo em Brasília, ocorridos em 8 de janeiro de 2023. O levantamento indica que 37% apoiam a medida, enquanto 12% não souberam opinar. O tema está no centro de um intenso debate político e é objeto de um projeto de lei parado na Câmara dos Deputados desde o ano passado.
Divisão entre eleitores de Lula e Bolsonaro
A pesquisa também analisou a opinião dos entrevistados conforme o voto no segundo turno das eleições de 2022. Entre os eleitores de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), 54% se opõem à anistia, 37% apoiam e 9% não souberam responder. Entre os que votaram em Jair Bolsonaro (PL), 49% rejeitam a medida, 36% são favoráveis e 16% estão indecisos. Já entre os que declararam voto branco ou nulo, o resultado foi equilibrado: 43% a favor e 43% contra, com 14% sem posição definida.
Bolsonaro lidera pressão pela anistia
A proposta de anistia tem forte apoio entre políticos da direita, incluindo Bolsonaro, que no último domingo (16) liderou um ato na orla de Copacabana, no Rio de Janeiro, para pressionar pela libertação dos envolvidos. O ex-presidente reuniu apoiadores para reforçar sua defesa da medida, que poderia beneficiar mais de 1.500 pessoas presas após a invasão e depredação do Congresso Nacional, do Palácio do Planalto e do Supremo Tribunal Federal (STF).
Cenário político e judicial
O debate ocorre em um momento decisivo. Nos dias 25 e 26 de março, o STF analisará a denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) contra 34 pessoas, incluindo Bolsonaro, acusadas de planejar uma tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022. Segundo a PGR, os atos de 8 de janeiro foram parte de uma ação coordenada para atacar os Três Poderes e o Estado Democrático de Direito.
Até agora, o STF já condenou 476 pessoas pelos eventos, com penas que chegam a 17 anos de prisão. Com o projeto de anistia travado no Congresso e a resistência demonstrada pela pesquisa, a discussão promete se manter no centro do cenário político nas próximas semanas, enquanto o STF se prepara para um julgamento que pode redefinir o contexto jurídico e institucional do país.
