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A escritora Heloisa Teixeira faleceu nesta sexta-feira (28), aos 85 anos, no Rio de Janeiro, em decorrência de complicações de pneumonia e insuficiência respiratória aguda. Ela estava internada na Casa de Saúde São Vicente, na Gávea.
Heloisa Teixeira foi eleita membro da Academia Brasileira de Letras (ABL) em 2024, ocupando a cadeira 30, anteriormente de Nélida Piñon. Ela foi a décima mulher a integrar a ABL. Crítica literária, pesquisadora e uma figura importante no campo do feminismo, Heloisa teve uma longa trajetória nas áreas de poesia, relações de gênero e cultura, com ênfase nas culturas marginalizadas.
Com formação em Letras Clássicas pela PUC-Rio, mestrado e doutorado em Literatura Brasileira pela UFRJ, e pós-doutorado em Sociologia da Cultura pela Universidade de Columbia, em Nova York, Heloisa também se dedicou à pesquisa e ao ensino. Ela era diretora do Programa Avançado de Cultura Contemporânea (PACC-Letras/UFRJ), coordenando projetos como o Laboratório de Tecnologias Sociais e o Fórum M, focado na questão da mulher na universidade.
Além de sua carreira acadêmica, Heloisa também teve uma participação significativa no campo editorial e cultural, sendo diretora da Aeroplano Editora e Consultoria, da Editora UFRJ e do Museu da Imagem e do Som (MIS-RJ). Ela também foi curadora de exposições como “Estética da Periferia” (2005) e “Vento Forte: 50 Anos de Teatro Oficina” (2009), e esteve à frente de programas como o Culturama, na TVE, e Café com Letra, na Rádio MEC.
Nos últimos anos, a escritora se dedicou a temas como a cultura das periferias e o impacto das novas tecnologias na produção cultural. Ela também dirigiu documentários como “Dr. Alceu” e “Joaquim Cardozo” e publicou diversos artigos sobre arte, literatura, feminismo e cultura digital.
Entre suas obras mais marcantes está 26 Poetas Hoje (1976), que apresentou poetas marginais como Ana Cristina Cesar, Cacaso e Chacal, sendo considerada um marco na poesia brasileira.
Heloisa Teixeira recentemente decidiu adotar seu sobrenome de solteira, Teixeira, em substituição ao Buarque de Hollanda, nome que usou ao longo de sua carreira.
