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Uma grande operação da Polícia Federal (PF), denominada “Cartel”, deflagrada na manhã desta quarta-feira (14), cumpriu nove mandados de prisão e mobilizou cerca de 120 policiais federais em seis estados brasileiros: Rio de Janeiro, São Paulo, Paraná, Santa Catarina, Espírito Santo e no Distrito Federal. O objetivo da ação é desmantelar uma organização criminosa especializada na produção e distribuição de drogas sintéticas em escala industrial.
As investigações da PF revelaram um esquema de produção nacional com moldes empresariais, com uma capacidade de fabricação estimada em impressionantes 4,2 milhões de comprimidos de ecstasy por ciclo de produção. A operação visava cumprir um total de 25 mandados de prisão preventiva e 15 mandados de busca e apreensão.
Além das prisões, a Justiça determinou o bloqueio e o sequestro de bens pertencentes aos integrantes da organização criminosa, incluindo imóveis, contas bancárias, criptoativos e veículos de luxo, cujo valor total é estimado em R$ 50 milhões.
Até as 15h desta quarta-feira, três suspeitos foram detidos nos municípios de Lauro Muller (Santa Catarina), Vila Velha (Espírito Santo) e Ubiratã (Paraná). Outros três indivíduos já haviam sido presos na terça-feira (13), incluindo o homem apontado como o chefe da organização criminosa. Adicionalmente, outros três membros da quadrilha já se encontravam no sistema prisional e foram alvos de novos mandados de prisão preventiva.
Durante a operação, foram apreendidos sete veículos de luxo, 10 kg de insumos utilizados na produção das drogas sintéticas, 1 kg de ecstasy pronto para distribuição, R$ 20 mil em espécie, além de diversos aparelhos celulares e documentos relevantes para a investigação.
A investigação, conduzida pela Delegacia de Repressão a Drogas da PF, expôs um esquema criminoso sofisticado, com laboratórios clandestinos instalados em comunidades do Rio de Janeiro, na Baixada Fluminense e no interior do Paraná. A organização também utilizava empresas de fachada para a aquisição dos insumos químicos necessários para a produção das drogas e para a movimentação dos recursos ilícitos gerados pelo tráfico.
A PF apurou ainda que a organização criminosa operava sob a proteção de facções criminosas locais, mediante o pagamento de um “tributo territorial”, que funcionava como uma espécie de alvará de funcionamento ilegal. Em contrapartida, parte da droga produzida era destinada ao abastecimento do tráfico local nas áreas de influência dessas facções.
