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O deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) se manifestou, nesta segunda-feira (26), sobre a decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), de abrir um inquérito para apurar sua conduta. O caso envolve supostos atos realizados por Eduardo nos Estados Unidos, que teriam como objetivo intimidar autoridades brasileiras.
Em publicação no X (antigo Twitter), o parlamentar criticou a medida e disse que o Brasil “vive num Estado de exceção”. “Antes eu era chacota, hoje sou ameaça à democracia. Nos subestimaram e só recentemente acordaram para a gravidade das consequências – por isso estão batendo cabeça. Hoje o PGR deu mais um tiro no pé e confirmou o que sempre alertei: Brasil vive num Estado de exceção. E ainda botam mais pressão para Moraes e cia. serem sancionados”, escreveu.
Em outro trecho, Eduardo reforçou a crítica ao que considera judicializações baseadas em questões políticas. “Eles estão confirmando tudo aquilo que a gente sempre falou: que o Brasil virou um Estado de exceção. As ações judiciais não são mais baseadas na lei, mas nos fatos políticos.”
O parlamentar também mencionou pressões de aliados do ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, para que o governo norte-americano sancione o ministro Alexandre de Moraes. “A cereja do bolo é que estão pressionando o Trump para sancionar Moraes. Um mafioso faria igual. Eles estão deixando isso exposto para todo mundo ver”, disse.
A abertura do inquérito foi determinada por Moraes após pedido do procurador-geral da República, Paulo Gonet. Segundo a decisão, a investigação tem como base possíveis crimes de coação no curso do processo (art. 344 do Código Penal), obstrução de investigação de organização criminosa (art. 2º da Lei 12.850/13) e tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito (art. 359-L do Código Penal).
O ministro determinou ainda que a Polícia Federal monitore e preserve conteúdos publicados nas redes sociais de Eduardo Bolsonaro relacionados aos fatos investigados. Além disso, a PF deverá ouvir, no prazo de dez dias, Jair Bolsonaro, Eduardo Bolsonaro e o deputado Lindbergh Farias (PT-RJ). A justificativa é de que o ex-presidente Jair Bolsonaro teria financiado a permanência do filho nos Estados Unidos, o que pode, segundo a PGR, ter ligação com as suspeitas levantadas no inquérito.
