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O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou nesta quinta-feira (29) que o general Gustavo Henrique Dutra, ex-comandante militar do Planalto, seja intimado a prestar depoimento na ação penal que apura a atuação do chamado “núcleo 1” da suposta trama golpista. O militar é testemunha de defesa do ex-ministro da Justiça Anderson Torres, mas não compareceu à audiência marcada para quarta-feira (28).
Segundo a defesa de Torres, o general se recusou a comparecer espontaneamente, o que levou os advogados a pedirem a intimação. O advogado Raphael Menezes justificou a importância do depoimento afirmando que Dutra poderá esclarecer questões sobre o acampamento montado em frente ao Quartel-General do Exército, no fim de 2022, e a relação do grupo com o comando militar.
Diante do pedido, Moraes questionou a relevância da testemunha para o processo, mas determinou que a oitiva seja realizada na próxima segunda-feira (2). Na época dos ataques de 8 de janeiro de 2023, Dutra era o comandante militar do Planalto, com responsabilidade sobre estruturas do Exército no Distrito Federal, Goiás, partes de Minas Gerais e Tocantins.
A audiência marcada para esta quinta-feira (29) também previa o depoimento do ex-ministro da Economia Paulo Guedes, mas ele foi dispensado pela própria defesa de Torres. Outras testemunhas, como Célio Faria Junior, ex-chefe da Secretaria de Governo da Presidência sob Jair Bolsonaro, e o procurador federal Adler Anaximandro Cruz e Alves, também não serão ouvidas.
Desde o início das oitivas, em 19 de maio, o STF já ouviu 43 testemunhas. Houve 16 desistências e dois depoimentos foram prestados por escrito. Até a próxima segunda-feira (2), outras 21 testemunhas ainda devem ser ouvidas pela Corte.
