Entre nos nossos canais do Telegram e WhatsApp para notícias em primeira mão. O tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro, declarou nesta segunda-feira (9) ao Supremo Tribunal Federal (STF) que entregou uma caixa de vinho com dinheiro em espécie ao major Rafael de Oliveira. A entrega, segundo Cid, foi feita a pedido do general Walter Braga Netto, candidato a vice na chapa de Bolsonaro em 2022.
O depoimento foi prestado à 1ª Turma do STF, que iniciou os interrogatórios dos réus acusados de envolvimento em uma suposta tentativa de golpe de Estado. Cid é o primeiro a ser ouvido por ter firmado um acordo de colaboração premiada. De acordo com o militar, o general Braga Netto atuava como elo entre Bolsonaro e os acampamentos de apoiadores que se instalaram em frente ao Quartel-General do Exército, no Setor Militar Urbano, em Brasília. Segundo Cid, o dinheiro entregue ao major teria como destino o financiamento dessas mobilizações.
“Depois, o espaço temporal eu não me recordo, o general Braga Netto trouxe uma quantia em dinheiro, que eu não sei precisar quanto foi. Mas com certeza não foi R$ 100 mil, até pelo volume, não era tanto, que foi passado para o major de Oliveira, no próprio Alvorada”, relatou. Cid afirmou que ele próprio foi responsável por fazer a entrega. “Fui eu que passei esse dinheiro. Eu recebi do general Braga Netto no Palácio da Alvorada. Estava em uma caixa de vinho, uma botelha, aí depois, se bobear no mesmo dia, eu passei para o Major de Oliveira”, disse.
Além de Bolsonaro, fazem parte do grupo de réus ouvidos nesta fase do processo nomes como o deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ), ex-diretor da Agência Brasileira de Inteligência (Abin); o ex-comandante da Marinha Almir Garnier; o ex-ministro da Justiça Anderson Torres; o general Augusto Heleno, ex-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI); o general Paulo Sérgio Nogueira, ex-ministro da Defesa; e o próprio Braga Netto. Os depoimentos devem ser concluídos até a próxima sexta-feira (13). A ordem dos interrogatórios segue a ordem alfabética, com exceção de Mauro Cid, que foi o primeiro por ser colaborador do processo. A dinâmica foi adotada para que os demais réus tenham conhecimento das declarações prestadas e possam exercer o direito de defesa.
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