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Uma pesquisa da Quaest, divulgada neste domingo (2), revelou que a maioria dos moradores do estado do Rio de Janeiro acredita viver em um verdadeiro “cenário de guerra”. Segundo o levantamento, 87% dos entrevistados compartilham essa percepção sobre a capital fluminense, enquanto apenas 13% discordam.
O sentimento de conflito urbano não se restringe à capital: 51% dos entrevistados afirmaram acreditar que outras grandes cidades do país enfrentam situação semelhante. Já 42% discordam dessa ideia e 7% disseram não saber responder.
Megaoperação aumentou sensação de insegurança
A pesquisa também avaliou o impacto da recente megaoperação policial realizada nos complexos do Alemão e da Penha. Apesar da ação ter sido considerada um sucesso por parte das autoridades, o resultado para a população foi o oposto: 52% dos entrevistados disseram se sentir mais inseguros após a operação, enquanto 35% afirmaram se sentir mais seguros. Outros 13% não souberam opinar.
“Mesmo sendo aprovada, sendo um sucesso para a maioria, a operação policial não conseguiu produzir mais sensação de segurança nos moradores do estado do RJ: 52% se sentem menos seguros, enquanto 35% se sentem mais seguros”, destacou Felipe Nunes, diretor da Quaest.
Medo de retaliação e desconfiança no governo
O estudo mostra ainda que o medo de retaliações do crime organizado é predominante entre os fluminenses: 74% afirmaram temer uma reação das facções criminosas após as operações policiais, enquanto 25% disseram não ter esse receio e 1% não soube responder.
Além disso, a confiança nas forças de segurança estaduais é limitada. Para 62% dos entrevistados, o governo do Rio de Janeiro não tem capacidade de combater sozinho o crime organizado. Apenas 36% acreditam que o estado é capaz de enfrentar o problema sem ajuda externa.
“O carioca acredita que vive uma guerra, mas não tem certeza de que sua PM pode defendê-lo apropriadamente”, completou Nunes.
Metodologia
A pesquisa, encomendada pela Genial Investimentos, foi realizada pela Quaest entre os dias 30 e 31 de outubro, por meio de entrevistas presenciais em domicílios. Ao todo, 1.500 pessoas com 16 anos ou mais, residentes em diferentes regiões do estado, foram ouvidas. A margem de erro é de três pontos percentuais, com nível de confiança de 95%.