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Na noite desta terça-feira (29), a Câmara Municipal de São Paulo aprovou, em segunda votação, a proposta de reajuste salarial de 5,15% para os servidores municipais. A proposta foi aprovada com 34 votos a favor e 17 votos contrários, em uma sessão marcada por tensões políticas. O reajuste será distribuído em duas parcelas: 2,60% em maio deste ano e 2,55% em maio de 2025.
Embora a proposta represente uma reposição parcial da perda inflacionária de 5,21% no último período, o aumento ficou abaixo das expectativas da categoria, que exigia um reajuste superior à inflação atual, que está em 5,65% segundo o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).
O reajuste será aplicado a servidores ativos, inativos e pensionistas, com o objetivo de valorizar os profissionais do serviço público e assegurar o cumprimento do programa de metas da administração pública, conforme afirmou a Prefeitura. O Líder do Governo, vereador Fabio Riva (MDB), justificou o aumento, destacando que a proposta visa quebrar a barreira de 0,01% de reajuste que perdurou por 25 anos na cidade. Para ele, o reajuste é “justo” e adequado às condições orçamentárias.
Protestos e Contrapropostas
O anúncio do reajuste ocorre em meio a uma greve de professores e servidores municipais, que continuam a exigir um aumento que cubra ao menos a inflação. Nesta manhã, os grevistas realizaram um protesto em frente à Câmara Municipal, pressionando por melhorias no projeto. A contraproposta apresentada pelo Sindicato dos Trabalhadores na Administração Pública e Autarquias no Município de São Paulo (Sindesp) foi rejeitada pela Prefeitura, que manteve a proposta original.
Divisão entre os Vereadores
A aprovação gerou intensos debates entre os vereadores. O vereador Adrilles Jorge (UNIÃO), um dos defensores do reajuste, elogiou os percentuais do governo e afirmou que o projeto é “absolutamente justo”. Ele ressaltou que o reajuste de 5,21% vai além da inflação. Cris Monteiro (NOVO) também elogiou os aumentos salariais consecutivos dos últimos anos, que, segundo ela, superaram a inflação.
Por outro lado, vereadores de oposição, como Eliseu Gabriel (PSB), Celso Giannazi (PSOL) e Jair Tatto (PT), criticaram o parcelamento do reajuste e consideraram que o aumento não é suficiente para valorizar os servidores públicos. Giannazi, por exemplo, apontou que o excesso de arrecadação da Prefeitura deveria ser utilizado para aumentar o reajuste dos servidores. Tatto também questionou a defasagem entre o crescimento da arrecadação e o aumento do gasto com pessoal.
