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A Polícia Civil de São Paulo deu um novo passo na investigação da morte da professora Fernanda Bonin, de 42 anos, cujo corpo foi encontrado em uma área de mata próxima ao Autódromo de Interlagos na última segunda-feira (28). Neste sábado (3), o veículo da vítima, um Hyundai Tucson prata, foi localizado a poucos quarteirões de onde o corpo foi achado. O carro passará por perícia, na tentativa de encontrar pistas que ajudem a elucidar o crime.
Enquanto isso, as autoridades seguem diversas linhas de investigação. Uma equipe policial dedicou a tarde de ontem à análise minuciosa de imagens de câmeras de segurança do domingo (27), dia em que Fernanda desapareceu após sair de seu apartamento na Zona Oeste da capital paulista. As gravações mostram a professora deixando o prédio sozinha com seu carro por volta das 18h50.
Na noite de sexta-feira (2), a ex-esposa de Fernanda e mãe de seus dois filhos, Fernanda Fazio, prestou um novo depoimento à polícia, permanecendo na delegacia por cerca de cinco horas. Segundo os investigadores, Fazio manteve a versão apresentada anteriormente e, apesar de seu celular e veículo terem sido apreendidos para perícia, ela não é considerada suspeita, mas sim uma testemunha crucial no caso.
O Departamento Estadual de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) trabalha com a hipótese de assassinato, enquanto o Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic) não descarta a possibilidade de latrocínio (roubo seguido de morte), uma vez que o carro e o celular da professora estavam desaparecidos.
Em seu depoimento, Fernanda Fazio relatou o encontro planejado com a ex-companheira no dia do crime. Contudo, os investigadores a questionaram sobre pontos específicos da narrativa. A versão inicial de Fazio é de que ligou para Fernanda pedindo ajuda devido a um problema mecânico em seu carro na Avenida Jaguaré. Ainda segundo seu relato, o veículo voltou a funcionar, e ela se dirigiu à casa de Fernanda, também no Jaguaré, mas não a encontrou. A polícia confirmou que Fernanda Bonin não chegou ao local indicado pela ex-companheira e tampouco retornou para sua residência. Sua ausência no trabalho, em uma escola particular de alto padrão na Zona Sul, no dia seguinte, levantou o alerta para o desaparecimento.
Uma nova frente de investigação foi aberta com o acionamento do grupo de Perfilamento Criminal do DHPP. Essa equipe especializada utiliza técnicas de observação e análise comportamental para auxiliar na identificação do autor do crime. O trabalho envolve a criação do perfil psicológico do suspeito e o estudo do perfil da vítima, buscando motivações para o crime. O grupo é multidisciplinar, composto por delegados, investigadores, psicólogos, peritos, advogados criminalistas, criminólogos e fotógrafos forenses, todos com vasta experiência em casos complexos.
O corpo de Fernanda Bonin foi encontrado com sinais de estrangulamento, com uma corda de cadarço enrolada no pescoço, reforçando a hipótese de asfixia. A Polícia Técnico-Científica trabalha nessa linha de investigação.
