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### Objetos Brilhantes Descobertos no Início do Universo Desafiam Teorias Científicas
Uma descoberta recente do Telescópio Espacial James Webb (JWST) da NASA surpreendeu a comunidade científica ao identificar objetos luminosos e extremamente vermelhos no universo primitivo. Esses achados desafiam as teorias convencionais sobre a formação de galáxias e buracos negros supermassivos.
### Descoberta Inesperada
Uma equipe internacional, liderada por pesquisadores da Penn State, utilizou o instrumento NIRSpec a bordo do JWST como parte da pesquisa RUBIES. Eles identificaram três objetos misteriosos no universo primitivo, datando de 600 a 800 milhões de anos após o Big Bang, quando o universo tinha apenas 5% de sua idade atual. Os resultados foram publicados hoje (27 de junho p.p.) na revista *Astrophysical Journal Letters*.
### Estrelas Antigas e Buracos Negros Supermassivos
Os cientistas analisaram medidas espectrais, ou a intensidade de diferentes comprimentos de onda de luz emitida pelos objetos. Eles encontraram assinaturas de estrelas “velhas”, com centenas de milhões de anos, muito mais antigas do que o esperado em um universo jovem. Surpreendentemente, também foram detectadas assinaturas de enormes buracos negros supermassivos, estimados entre 100 a 1.000 vezes mais massivos do que o buraco negro no centro da Via Láctea. “Confirmamos que essas galáxias estão repletas de estrelas antigas – com centenas de milhões de anos – em um universo que tem apenas 600-800 milhões de anos. Foi totalmente inesperado encontrar estrelas antigas em um universo tão jovem”, disse Bingjie Wang, pós-doutoranda na Penn State e principal autora do artigo. “Esses objetos não se encaixam nas teorias atuais de formação de galáxias e buracos negros.”
### Análises Detalhadas
Os pesquisadores avistaram os objetos massivos pela primeira vez em julho de 2022, quando o conjunto de dados inicial foi liberado pelo JWST. A equipe publicou um artigo na *Nature* vários meses depois, sugerindo que os objetos eram galáxias. Posteriormente, realizaram análises espectrais para entender melhor as distâncias dos objetos e as fontes de sua imensa luminosidade. Com os novos dados, a equipe confirmou que os objetos eram galáxias primitivas e encontrou evidências de buracos negros supermassivos e uma população antiga de estrelas. “É muito confuso”, disse Joel Leja, professor assistente de astronomia e astrofísica na Penn State e coautor dos artigos. “Este é, sem dúvida, o conjunto de objetos mais peculiar e interessante que já vi na minha carreira.”
### Desafios e Mistérios
O JWST, equipado com instrumentos de detecção de infravermelho, permite aos cientistas observar a luz emitida pelas estrelas e galáxias mais antigas, essencialmente vendo no tempo cerca de 13,5 bilhões de anos atrás. No entanto, diferenciar entre os tipos de objetos que emitiram essa luz antiga é um desafio. Esses objetos têm características de buracos negros supermassivos e estrelas antigas, mas ainda não está claro qual é a contribuição de cada um. “Essa incapacidade de distinguir entre a luz das estrelas e a luz emitida por material caindo em um buraco negro deixa amplo espaço para interpretação”, explicou Wang. “É emocionante ter tanto mistério para desvendar.”
Além disso, os sistemas observados são incrivelmente pequenos, com apenas algumas centenas de anos-luz de diâmetro, cerca de 1.000 vezes menores do que a Via Láctea. As estrelas são tão numerosas quanto as da nossa galáxia, mas contidas em um volume muito menor. “Essas galáxias seriam tão densas com estrelas que, se comprimíssemos a Via Láctea até o tamanho dessas galáxias, a estrela mais próxima estaria quase dentro do nosso sistema solar”, disse Leja. “Esses objetos são únicos no universo primitivo.”
### Próximos Passos
Os pesquisadores planejam realizar mais observações para esclarecer os mistérios desses objetos. Eles pretendem obter espectros mais profundos, apontando o telescópio para os objetos por períodos mais longos, o que ajudará a distinguir a emissão das estrelas e dos possíveis buracos negros supermassivos. “Temos todas essas peças do quebra-cabeça e elas só se encaixam se ignorarmos algumas inconsistências”. “Este problema pode ser resolvido por um insight revolucionário que ainda não tivemos.”
