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A partir de 28 de dezembro de 2024, todos os novos aparelhos eletrônicos vendidos na União Europeia (UE) devem ser equipados com a conexão USB-C, uma medida inédita que marca a primeira lei desse tipo no mundo.
A mudança visa reduzir custos e diminuir a produção de resíduos, conforme informou a agência France Presse (AFP).
Com a nova regra, dispositivos como telefones móveis, tablets, câmeras fotográficas, fones de ouvido, alto-falantes e teclados devem vir com a porta de carregamento USB-C.
O Parlamento Europeu anunciou que, a partir de agora, todos os novos dispositivos eletrônicos vendidos na UE terão que ser compatíveis com o padrão USB tipo C. A legislação, que foi aprovada em 2022, foi fruto de um embate com a Apple, que lidera o mercado de iPhones. As empresas tiveram até o final de 2024 para se adaptar às novas exigências, enquanto os fabricantes de computadores terão até 2026 para ajustar seus produtos.
Embora a maioria dos dispositivos, especialmente os celulares Android, já utilizem o carregador USB-C, a Apple havia se mostrado resistente, argumentando que regulamentações desse tipo “sufocam a inovação”. No entanto, com o lançamento do iPhone 15 em 2023, a empresa finalmente adotou o USB-C em todos os seus novos modelos.
Criado em 2014 pelo USB Implementers Forum (USB-IF), o padrão USB-C se destacou pela sua praticidade, tamanho reduzido e alta velocidade de transmissão de dados. Desde então, ele foi incorporado em uma série de dispositivos, incluindo os MacBooks, iPads e fones de ouvido AirPods da Apple.
Murilo Zanini de Carvalho, professor de engenharia de computação do Instituto Mauá de Tecnologia (IMT), explicou que o USB-C não se limita a carregar os aparelhos, mas também suporta vários protocolos, permitindo a transmissão de dados de áudio, vídeo e até redes de internet. Além disso, a tecnologia tem a inovação de um cabo reversível, o que significa que pode ser inserido nos dispositivos de qualquer forma.
A nova legislação, além de simplificar a vida dos consumidores europeus, busca reduzir a necessidade de adquirir carregadores adicionais ao comprar novos dispositivos. A Comissão Europeia estima que a medida pode gerar uma economia de até 200 milhões de euros (aproximadamente R$ 1,3 bilhão) por ano, ao mesmo tempo em que contribui para a redução da quantidade de carregadores obsoletos.