Um grupo de democratas da Câmara quer que a Agência de Proteção Ambiental (EPA) analise os efeitos ambientais da mineração de criptomoedas, citando “sérias preocupações” sobre poluição e emissões de gases de efeito estufa.
24 parlamentares, liderados pelo deputado Jared Huffman (D-Calif.), enviaram uma carta à EPA esta semana pedindo ao órgão regulador para garantir que as empresas de mineração estivessem em conformidade com a Lei do Ar Limpo e da Água Limpa.
“Temos sérias preocupações em relação a relatos de que instalações de criptomoedas em todo o país estão poluindo comunidades e estão tendo uma contribuição desproporcional para as emissões de gases de efeito estufa”, diz a carta.
Os deputados dizem que a indústria de criptomoedas “em rápida expansão” deve ser monitorada e criticaram os tokens digitais que exigem prova de trabalho (PoW) para autorizar transações, o que envolve mineradores usando computadores com uso intensivo de energia para resolver quebra-cabeças complexos.
A carta reclama dos “massivos farms de servidores” usados na mineração PoW, dizendo que o uso de hardware de computação especializado cria “grandes desafios de lixo eletrônico”.
“Milhões de dispositivos rapidamente se tornam obsoletos, levando a grandes quantidades de lixo eletrônico”, disse a carta, citando estimativas de que a mineração de bitcoin sozinha produz 30.700 toneladas de lixo eletrônico anualmente. “A indústria precisa ser responsabilizada por esse desperdício e desencorajada a criá-lo.”
Além de avaliar as empresas de mineração para garantir que estejam em conformidade com as leis ambientais, a carta solicita que a EPA se envolva com as comunidades onde os farms de servidores estão localizados ao revisar as licenças para “garantir que as comunidades não sejam deixadas com a carga tóxica associada a essa tecnologia .”
