Onyx Lorenzoni, afirmou nesta quinta-feira (22) que o governo estuda uma forma de agravar a pena para quem for identificado como autor de queimadas na Amazônia. O ministro da Casa Civil participou de uma reunião de emergência no Palácio do Planalto.
No encontro, Jair Bolsonaro assinou um despacho mandando todos os ministérios se mobilizarem para identificar focos de incêndio na região da Amazônia Legal e encontrar soluções para o enfrentamento da questão.
“Todos os ministérios estão mobilizados para apresentar uma solução. Desde ações pontuais para o combate a queimadas e desmatamento até soluções que envolvam toda a Amazônia Legal. Também vamos trabalhar com os desdobramentos na esfera criminal, inclusive com agravamento de pena. A Amazônia é um patrimônio brasileiro e não vamos abrir mão”, disse Onyx.
Segundo o ministro, o governo não quer “baixar a guarda” e vai “mostrar ao mundo que o Brasil se preocupa com a preservação da floresta”.
Mais cedo durante a live, o presidente brasileiro admitiu que tem havido incêndios criminosos e que, segundo ele, isso pode significar uma tentativa de afetar a soberania brasileira sobre a Amazônia. Ele comparou os incêndios no Brasil a outros que acontecem anualmente em regiões como a Califórnia, nos Estados Unidos.
“Aqui tem o viés criminoso? Tem. Sei que tem. Quem que pratica isso? Não sei. Os próprios fazendeiros, ONGs, índios, seja lá o que for. Então, existe esse interesse em cada vez mais dizer que nós não somos responsáveis e quem sabe, mais cedo ou mais tarde, alguém decrete uma intervenção na região amazônica e nós vamos ficar chupando o dedo aqui no Brasil”, disse.
Bolsonaro também criticou parte da imprensa na cobertura sobre o assunto. Ele reforçou que o problemas decorrentes dos incêndios podem prejudicar a todos no país. “Nossa economia está escorada nas commodities. Se o mundo resolver nos retaliar, e a economia nossa bagunçar, todo mundo, inclusive vocês, repórteres, vai sofrer as consequências.”
Por fim, o presidente fez um apelo aos fazendeiros da região que estejam ateando fogo em áreas florestais. “Há suspeita que tem produtor rural que está agora aproveitando e tacando fogo geral aí. As consequências vêm para todo mundo. Se vocês querem ampliar a áreas de produção, tudo bem, mas não é dessa forma que a gente vai conseguir atingir nosso objetivo.”
Bolsonaro ainda revelou ter recebido oferta de aeronaves para combater os incêndios por parte do presidente do Chile, Sebástian Piñera, e do Equador, Lenín Moreno.