O governo de São Paulo anunciou regras mais restritivas de isolamento social por causa da pandemia. Na nova fase do Plano SP, todo o Estado ficará na fase vermelha durante os finais de semana e feriados. As mudanças podem fazer com que podem fazer com que 20.000 postos de trabalho do setor de bares e restaurantes sejam fechados. A conta é da Abrasel (Associação Brasileira de Bares e Restaurantes).
A Abrasel afirma que os estabelecimentos vinham cumprindo o protocolo de segurança para evitar a transmissão da covid-19.
“Não contribuímos para a progressão da pandemia. Qualquer cidadão que frequenta restaurantes e bares que cumprem os protocolos, sabe disso”, disse por nota o presidente da Abrasel, Percival Maricato. No texto, a entidade argumenta que o fechamento dos bares estimula a ocorrência de festas clandestinas, onde não há seguimento de protocolos de segurança. A Abrasel diz que 50 mil estabelecimentos já se fecharam no Estado desde o começo da crise.
“Após a reabertura dos bares e restaurantes, com cumprimento de todos os protocolos de higiene, limitação de 40% das vagas e uso apenas das áreas internas, os casos passaram a cair gradativamente em São Paulo a partir de setembro e até o início de novembro. Ou seja, não há qualquer relação entre a abertura controlada de bares e restaurantes com a expansão da covid-19”, afirma a Abrasel em nota.
“Ao tomar decisões para início imediato, as autoridades certamente ignoram também que as empresas compram produtos perecíveis que, com o fechamento, não podem mais ser usados para o consumo após alguns dias. Mais um prejuízo que o governo estadual certamente ignora.”
Neste sábado (23), donos de bares e restaurantes fizeram um protesto em São Paulo contra o fechamento dos estabelecimentos comerciais aos finais de semana, feriados e a partir das 20h nos dias úteis.
A manifestação foi organizada pelo setor de bares e restaurantes, que alega dificuldade de manter os empregos durante a pandemia e prejuízo com o descarte de alimentos perdidos.