O presidente Jair Bolsonaro irá participar da Cúpula das Américas, em Los Angeles, e terá um encontro bilateral durante a reunião com o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, confirmou oficialmente nesta quinta-feira (26) o Ministério das Relações Exteriores.
Em comunicado emitido na última terça-feira (24), pela Embaixada dos Estados Unidos, Christopher Dodd disse ter manifestado ao presidente do Brasil durante a reunião o “desejo de que o Brasil seja um participante ativo da Cúpula, pois reconhecemos a responsabilidade coletiva de avançar para um futuro mais inclusivo e próspero”.
A decisão de Bolsonaro de participar foi anunciada dois dias depois de o presidente brasileiro ter recebido o enviado especial para a Cúpula das Américas, Christopher Dodd, e o encarregado de negócios da embaixada dos EUA no Brasil, Douglas Koneff.
O objetivo do governo dos Estados Unidos é impedir um possível esvaziamento na próxima edição, que irá acontecer em Los Angeles no início de junho. De acordo com pessoas envolvidas nos preparativos da reunião, a viagem de Dodd teve como objetivo demonstrar a importância da participação do governo brasileiro.
A Cúpula das Américas acontece em Los Angeles, entre os dias 9 e 10 de junho.
Eis a declaração do assessor especial da Casa Branca para a Cúpula das Américas:
Como assessor especial da Casa Branca para a Cúpula das Américas, viajei a países da região para estabelecer uma agenda positiva e compartilhada para o evento. O presidente Biden me pediu para que viesse ao Brasil hoje com um foco singular na Cúpula. Vim para reforçar nosso apreço de longa data pela parceria profunda e importante que os dois países compartilham – construída sobre um fundamento comum da democracia, direitos humanos, prosperidade econômica, Estado de Direito e segurança. Nesta manhã, em meu encontro com o presidente Bolsonaro, reiterei o nosso desejo de que o Brasil seja um participante ativo da Cúpula, pois reconhecemos a responsabilidade coletiva de avançar para um futuro mais inclusivo e próspero.
Como um dos parceiros mais importantes dos EUA na região, o que fazemos em conjunto com o Brasil faz a diferença. A Cúpula das Américas se concentrará em algumas das questões mais importantes e compartilhadas de todo o hemisfério. Como a garantia de que a democracia seja uma realidade para cada país, nossas metas climáticas compartilhadas, uma resposta mais colaborativa à Covid-19 e a abordagem mais profunda do crime organizado e da instabilidade econômica. O Brasil tem muito a contribuir com esses temas aos líderes de toda a região que estarão presentes na Cúpula, e valorizamos muito a voz do Brasil enquanto discutimos soluções que ajudarão a construir vidas melhores para as pessoas do nosso hemisfério.