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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, sinalizou uma mudança em sua postura em relação à guerra na Ucrânia ao indicar apoio à Rússia de Vladimir Putin, numa tentativa de buscar um fim rápido ao conflito, provocando preocupação entre autoridades ucranianas.
Trump se reuniu na sexta-feira (17) com o presidente ucraniano Volodymyr Zelenskyy na Casa Branca. Entre os assuntos discutidos estava a possível oferta de mísseis de longo alcance Tomahawk para a Ucrânia.
No entanto, Zelenskyy deixou o encontro sem receber armas e, segundo relatos, foi repreendido por Trump, que defendeu que a Ucrânia aceitasse os termos da Rússia para encerrar a guerra — entregando todo o território de Donbas, epicentro dos combates no país.
“Está dividido agora, acho que 78% do território já está sob controle da Rússia”, disse Trump à imprensa a bordo do Air Force One, no domingo (19). “Eles deveriam parar agora nas linhas de batalha… Voltem para casa, parem de matar pessoas e encerrem isso.”
Durante a reunião, Trump também alertou Zelenskyy de que Putin teria afirmado, em uma longa ligação telefônica realizada na quinta-feira (16), que a Rússia destruiria a Ucrânia caso o país não aceitasse suas exigências. O encontro teria descido a um “bate-boca”, com Trump “proferindo xingamentos o tempo todo”, segundo fontes citadas pelo Financial Times.
Em uma publicação no Truth Social, Trump descreveu o encontro como “muito interessante e cordial”, mas afirmou que havia “fortemente sugerido” a ambos os líderes que era hora de encerrar a guerra.
Zelenskyy, por sua vez, manteve postura firme em entrevista ao programa “Meet the Press”, da NBC, dizendo que “não estamos perdendo esta guerra, e Putin não está vencendo”. O presidente ucraniano se mostrou disposto a participar de uma possível cúpula com Trump e Putin em Budapeste, embora ainda não esteja confirmada sua participação.
Além de não fornecer os mísseis Tomahawk, Trump também sugeriu oferecer garantias de segurança tanto para Kiev quanto para Moscou. Observadores internacionais alertam que o presidente americano parece influenciado pelos argumentos de Putin e não demonstra disposição para pressionar mais a Rússia, seja com envio de armas adicionais à Ucrânia ou com sanções econômicas.