O secretário especial de Previdência e Trabalho do Ministério da Economia, Bruno Bianco, confirmou na tarde desta sexta-feira (3) que o BEm (Benefício Emergencial de Preservação do Emprego e da Renda) será prorrogado pelo governo federal.
“Na próxima semana, o presidente da República provavelmente sancionará a MP 936, que veio do Congresso Nacional já aprovada. Tão logo ela seja sanciona, nós mandaremos um decreto para prorrogar essas possibilidades para todos empregados e empregadores do Brasil”, declarou Bianco.
Atualmente, o programa já realizou a manutenção de mais de 11 milhões acordos em relação à suspensão dos contratos de trabalho ou a redução de jornadas e salários.
O secretário acredita que a suspensão dos contratos deverá ocorrer por pelo menos mais dois meses e as reduções de jornadas por mais um mês. “Faremos quatro meses possível de redução de jornada e quatro meses de redução de jornada. Isso tende a ajudar muito mais brasileiros a manter seu emprego e sua renda”, explicou Bianco.
Ele também celebrou adesão ao programa e analisou a preservação de empregos como algo que foi fundamental em países como o Brasil. “Nós estamos muito satisfeitos com os resultados”, afirmou
Bianco também anunciou ainda que o Ministério da Economia tem a pretensão de gastar cerca de R$ 51 bilhões com o BEm. “Com os mesmos 12 milhões de contratos feitos em demissões, certamente gastaríamos algo muito próximo disso com o seguro-desemprego”, disse Bianco.
De acordo com o secretário, o programa conseguiu evitar que as companhias nacionais quebrassem. “Os Estados Unidos perderam muitos empregos e muitas empresas. O Brasil não perdeu muitos empregos e também não perdeu muitas empresas. Então, nós já começamos a retomada”, declarou antes de citar os dados mais recentes do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), que apontam para a queda nas demissões e aumento das contratações no mês de março.