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A Pesquisa da Pecuária Municipal (PPM) de 2023, divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quinta-feira (19), revelou um novo recorde no valor de produção, que alcançou R$ 122,5 bilhões, marcando uma alta de 5,4% em relação ao ano anterior.
Os produtos de origem animal contribuíram com R$ 112,3 bilhões, um crescimento de 4,5% em relação a 2022, enquanto a aquicultura gerou R$ 10,2 bilhões, representando um aumento de 16,7%.
Embora o valor total tenha apresentado um crescimento, o aumento percentual de 5,4% é o menor registrado nos últimos cinco anos. Entre os itens com maior contribuição, destacam-se os “ovos de galinha”, que tiveram um aumento de 17,3%, somando R$ 30,4 bilhões, o que representa R$ 4,5 bilhões a mais do que em 2022. A aquicultura também teve um desempenho notável, com um acréscimo de R$ 1,5 bilhão em relação ao ano anterior.
O ano de 2023 foi marcado por exportações recordes de carnes in natura, incluindo bovina, de frango e suína, de acordo com a Secretaria de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços. A China foi o principal destino da carne bovina, absorvendo 59,6% das exportações, embora o volume tenha diminuído 3,4% em comparação com 2022. No setor de leite, as importações aumentaram 87%, totalizando 199,2 mil toneladas, o que, aliado à menor demanda interna, resultou na redução do preço médio pago ao produtor de R$ 2,31/litro em 2022 para R$ 2,27/litro em 2023.
O rebanho bovino brasileiro atingiu um novo recorde de 238,6 milhões de cabeças, marcando um aumento de 1,6%. Mato Grosso manteve a liderança com 14,2% do rebanho nacional, embora tenha registrado uma queda de 0,7% em relação ao ano anterior. O Pará ficou em segundo lugar, com 25 milhões de cabeças, e Goiás em terceiro, com 23,7 milhões de animais. Juntos, os cinco principais estados produtores concentraram 52% do rebanho nacional. São Félix do Xingu (Pará) continuou como o município com o maior rebanho bovino, apesar da retração de 2,8%, totalizando 2,5 milhões de cabeças. Corumbá (Mato Grosso do Sul) e Porto Velho (Rondônia) seguiram com o segundo e terceiro maiores rebanhos, respectivamente.
A produção de leite também alcançou um recorde em 2023, com 35,4 bilhões de litros, embora o número de vacas ordenhadas tenha diminuído para 15,7 milhões, o menor desde 1979. Essa produção recorde com um menor número de vacas reflete os avanços tecnológicos no setor leiteiro, especialmente em genética e manejo.
O efetivo de galináceos no Brasil foi estimado em 1,6 bilhão de cabeças, com um aumento de 0,6% em relação ao ano anterior. A produção de ovos de galinha alcançou um novo recorde de 5 bilhões de dúzias. O efetivo de suínos, por sua vez, teve uma redução de 3,1%, totalizando 43 milhões de animais.
A produção de mel também atingiu um novo recorde, com 64,2 mil toneladas. Na aquicultura, a produção de peixes somou 655,3 mil toneladas, um aumento de 5,8% em relação a 2022. A Região Sul continuou como a principal produtora de peixes, seguida pelo Nordeste e Sudeste, que superaram a Região Norte.
Por fim, o efetivo de caprinos e ovinos atingiu recordes históricos, com 12,9 milhões de caprinos (alta de 4%) e 21,8 milhões de ovinos (alta de 1,3%). A Região Nordeste foi a principal responsável por esses aumentos, detendo 96% dos caprinos e 71,2% dos ovinos no Brasil.