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As contas externas do Brasil registraram um déficit de US$ 5,88 bilhões em outubro de 2024, o maior valor para o mês desde 2019. Em comparação, no mesmo período do ano anterior, o país havia alcançado um superávit de US$ 451 milhões. O Banco Central (BC) divulgou os dados na segunda-feira (25) no relatório “Estatísticas do Setor Externo”.
O relatório, que monitora as transações correntes do Brasil, inclui informações sobre a balança comercial, que reflete a diferença entre exportações e importações, e os serviços adquiridos pelos brasileiros no exterior, como remessas de juros, lucros e dividendos.
A balança comercial apresentou superávit de US$ 3,44 bilhões em outubro de 2024, mas esse valor foi US$ 5,15 bilhões inferior ao registrado em outubro de 2023, quando o superávit foi de US$ 8,59 bilhões.
A renda primária, por sua vez, apresentou déficit de US$ 5,76 bilhões, um aumento de US$ 1,14 bilhão em relação ao mesmo mês de 2023.
No acumulado de 12 meses até outubro, o déficit das contas externas atingiu US$ 49,2 bilhões, o que representa 2,23% do PIB (Produto Interno Bruto). Em setembro, o déficit acumulado era de US$ 42,8 bilhões, ou 1,94% do PIB. No mesmo mês de 2023, o saldo negativo era de US$ 26,3 bilhões, equivalendo a 1,24% do PIB.
O Investimento Direto no País (IDP) somou US$ 5,7 bilhões em outubro, superando os US$ 3,1 bilhões registrados no mesmo mês de 2023. No total acumulado de 12 meses, o IDP alcançou US$ 66 bilhões.