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A Coordenação de Avaliação e Estudos da Sudene analisou os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) de outubro de 2024, destacando a criação de 18.345 empregos no Nordeste, o que representa 13,8% das novas vagas no Brasil.
Entre os estados da região, Pernambuco, Alagoas, Ceará e Rio Grande do Norte se destacaram com 5.010, 3.445, 3.187 e 2.847 novas vagas, respectivamente, correspondendo a 27,3%, 18,8%, 17,4% e 15,5% dos postos gerados no Nordeste.
Na sequência, Paraíba (1.606), Piauí (1.317) e Sergipe (1.089) representaram mais de 21% dos empregos criados na região. Maranhão teve um acréscimo de 423 postos, enquanto a Bahia registrou uma queda de 579 empregos.
Nos setores de comércio e serviços, os destaques foram o comércio, com 9.007 novos postos (49,1% do total), e os serviços, com 5.816 postos (31,7%).
O setor de comércio teve o maior número de empregos criados nos estados de Pernambuco (2.079), Bahia (1.731) e Ceará (1.422). Em termos proporcionais, o Maranhão se destacou, com o saldo do comércio (626 postos) superando o total de empregos gerados no estado (423).
Outros estados como Paraíba (48,4%), Ceará (44,6%), Pernambuco e Sergipe (41,5%) também apresentaram altas porcentagens de postos no comércio em relação ao total de vagas geradas.
Nos serviços, Pernambuco, Alagoas e Ceará foram os principais responsáveis pela criação de 1.569, 1.239 e 1.002 novos postos, somando 65,5% do total do setor. Proporcionalmente, Piauí, Alagoas, Ceará e Pernambuco se destacaram, com serviços representando, respectivamente, 48,4%, 36,0%, 31,4% e 31,3% do total de empregos.
Miguel Vieira de Araújo, economista da Sudene, explicou que, ao desagregar o setor de serviços no Piauí, os subsetores de atividades administrativas e serviços complementares e de atividades profissionais, científicas e técnicas foram responsáveis por 28,1% dos postos de trabalho gerados no estado.
A análise também revelou que o subsetor de administração pública, defesa e seguridade social foi o maior impulsionador do setor de serviços, com 2.595 novos postos em outubro, o que representa cerca de 44% do saldo do setor. Em relação ao setor industrial, Pernambuco, Ceará e Alagoas foram os estados com o maior número de novos postos, com 1.796, 1.453 e 917 vagas, respectivamente, representando 45,5%, 36,8% e 23,2% dos novos empregos industriais no Nordeste.
A indústria de transformação, com 4.886 postos, foi responsável por um maior saldo que o setor industrial como um todo, que somou 3.945 novos empregos. Segundo Miguel, isso ocorreu, em parte, devido ao subsetor de “água, esgoto, atividades de gestão de resíduos e descontaminação”, que teve um saldo negativo de 1.022 postos.
Proporcionalmente, Ceará (45,6%), Pernambuco (35,8%) e Sergipe (34,5%) tiveram o setor industrial com grande representatividade nas vagas totais. No Ceará, a indústria de transformação foi responsável por mais da metade (56,4%) dos empregos industriais.
Apesar de uma desaceleração no ritmo de criação de postos no setor industrial em outubro, a indústria ainda representou 21,5% dos novos empregos na região, e 26,6% se considerada apenas a indústria de transformação.
O setor agropecuário gerou 1.385 novos postos no Nordeste, ou 7,5% do total da região. Maranhão (506), Ceará (349), Piauí (300) e Paraíba (296) foram os estados com o maior número de empregos agropecuários, com Maranhão destacando-se, já que o saldo do setor foi superior ao total de empregos gerados no estado. Piauí e Paraíba também se destacaram com 22,8% e 18,4% de participação dos empregos agropecuários.
No acumulado de 2024, o Nordeste gerou 357.793 empregos, correspondendo a 16,9% do total de novas vagas no Brasil, o que equivale a uma média de aproximadamente 36 mil postos por mês.
Miguel Vieira de Araújo destacou que esses dados indicam uma tendência de desconcentração econômica, já que a região representa cerca de 14% do PIB nacional.