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O dólar fechou nesta sexta-feira (28) cotado a R$ 5,91, refletindo uma combinação de fatores econômicos internos e externos. A alta foi impulsionada pela divulgação de dados sobre a inflação de janeiro nos Estados Unidos, pela expectativa em relação à política tarifária do presidente Donald Trump e pelo acalorado confronto entre Trump e o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky. Além disso, o anúncio feito pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sobre a nomeação de Gleisi Hoffmann (PT-SP) para a Secretaria de Relações Institucionais (SRI) também pesou sobre a cotação da moeda.
A escolha de Gleisi Hoffmann, que é uma crítica constante do Banco Central e das políticas de austeridade fiscal, gerou desconforto entre os investidores. A expectativa de que a articulação política no Congresso possa sofrer impacto, dificultando a implementação de pautas econômicas, especialmente em relação ao corte de gastos, contribuiu para a pressão no mercado cambial. A decisão teve efeito imediato, com o dólar alcançando R$ 5,893 no início da manhã e fechando em R$ 5,9165, o maior valor desde 24 de janeiro.
Outro fator que influenciou a alta do dólar foram os dados recentes do Escritório de Análises Econômicas do Departamento do Comércio dos EUA, que indicaram uma queda de 0,2% nos gastos dos consumidores americanos em janeiro. Embora o resultado tenha sido abaixo do esperado, ele gera preocupações sobre a possibilidade de o Federal Reserve (Banco Central dos Estados Unidos) manter sua taxa de juros alta por mais tempo, afetando o fluxo de capitais para outros mercados, como o brasileiro.
As incertezas também foram ampliadas pelas declarações do presidente Donald Trump, que voltou a reforçar sua intenção de aumentar as tarifas sobre importações da União Europeia. Trump anunciou que pretende impor uma taxa de 25% sobre todos os produtos importados do bloco, o que pode elevar os preços nos Estados Unidos e dificultar o cumprimento da meta de inflação de 2% do país.
No campo internacional, o dia foi marcado por uma intensa troca de farpas entre Trump e Zelensky durante um encontro na Casa Branca. Zelensky, que visitou Washington com a expectativa de assinar um acordo de exploração de minerais na Ucrânia, se viu em desacordo com Trump sobre a Rússia. O presidente ucraniano afirmou que não se pode confiar nas promessas de paz de Vladimir Putin, citando o histórico de promessas não cumpridas do líder russo. Trump, por sua vez, argumentou que Putin não havia quebrado acordos com ele e acusou Zelensky de ser excessivamente crítico e de “apostar com a Terceira Guerra Mundial”.
